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Lucros do Benfica caem mais de 26% para 14 milhões

A Sport Lisboa e Benfica, SAD, apresentou lucros de 14 milhões relativos ao primeiro semestre 2018/2019, uma quebra de 26,6% em termos homólogos. Vendas líquidas obtidas com a transferência de caíram quase 60%.
Football Soccer – Benfica v Besiktas – Champions League – Luz stadium, Lisbon, Portugal – 13/9/16. Benfica’s Franco Cervi celebrates after scoring a goal. REUTERS/Pedro Nunes EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIVE.
1 Março 2019, 20h24

A Sport Lisboa e Benfica, SAD, apresentou lucros de 14 milhões relativos ao primeiro semestre 2018/2019, período compreendido entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2018. Com estes resultados, os lucros da Benfica SAD apresentaram uma quebra de 26,6% em termos homólogos.

A SAD do Benfica justifica esta quebra nos lucros devido à “nova política estratégica nessa área, designadamente o objetivo de reter talento nas suas equipas, ou seja, manter o plantel pelo maior período de tempo possível os principais atletas e jovens jogadores formados na Caixa Futebol Campus com maior potencial”, lê-se no comunicado divulgado esta sexta-feira.

A Benfica SAD explicou ainda que os rendimentos provenientes dos prémios distribuídos pela UEFA edição desta época da Liga dos Campões, que ascenderam a 43 milhões de euros, contribuiram “para um resultado líquido positivo”.

Os rendimentos operacionais, excluindo as transações de direitos de atletas, fixaram-se nos 103,1 milhões de euros, um aumento de quase 60% em relação a igual período do ano anterior.

Destaque para o aumento exponencial das receitas de televisão, que cresceram 98% em relação ao primeiro semestre 2017/2018, para 72,1 milhões. As receitas de televisão foram responsáveis por cerca de 69% da totalidade das receitas operacionais da SAD benfiquista – nos quatro primeiros semestres anuais anteriores, as receitas de televisão representaram entre 53% e 58,7% das receitas operacionais.

As receitas comerciais (17 milhões) registaram o segundo maior valor de sempre, apenas superado pelos 17,8 milhões registados em 2015/2016.

Já as vendas de bilheteira registaram a melhor receita dos últimos cinco anos, ao ascenderem a 72,1 milhões de euros. Este acréscimo deve ao aumento do número de bilhetes de época (red pass) vendidos e das receitas de bilheteira das competições nacionais (Liga Nos) e internacionais (Liga dos Campeões).

Os prémios obtidos na Liga dos Campões influenciaram o acréscimo dos rendimentos operacionais sem direitos de atletas, que cresceram 20,6% face ao período homólogo, para 134,5 milhões.

A Benfica SAD ficou a 19 pontos percentuais de atingir o limite de 70% imposto pela UEFA, ao abrigo do Fair Play Financeiro, no que diz respeito ao rácio dos gastos com pessoal/receitas operacionais. Quanto menor for rácio, maior a eficiência da entidade.

Nos primeiros seis meses de 2018/2019, o rácio de eficência da SAD “encarnada” fixou-se nos 51%, seis pontos percentuais do registado no ano anterior.

“De destacar que esta evolução positiva ocorre num semestre em que se verificou um crescimento nos gastos com pessoal, na sequência do aumento da massa salarial do plantel de futebol, como forma de reter os principais jogadores”, esclarece a Benfica SAD no comunicado.

Entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2018, a Benfica SAD obteve 14,580 milhões de euros com as vendas de jogadores. O Benfica obteve 19,222 milhões em mais valias, aos quais se subtraem 1,755 milhões de perdas e os cerca de 2,9 milhões pagos em comissões.

Nos primeiros seis meses de 2017/2018, a Benfica SAD tinha registado vendas líquidas com as alienações de direitos de jogadores de futebol acima dos 36 milhões de euros.

As vendas brutas de jogadores da equipa de futebol ascenderam aos 26,7 milhões de euros. Entre as principais transações, destaque para a venda de Talisca para o Guanzhou Evergrande, a título definitivo, por 19,2 milhões; e o direito de receber 50% da mais-valia obtida na tansferência de Pelé do Rio Ave para o AS Monaco, que ascendeu a 3,6 milhões.

Estes dois jogadores tinham um valor contabilístico líquido de 5,8 milhões.

Um ano antes, a SAD do Benfica vendeu Nelsón Semedo ao FC Barcelona por 30,6 milhões, e Mitroglou foi para o Marselha por 15 milhões.

(atualizada às 21h01)

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