Produção de energia solar atinge recorde

A produção de energia solar fotovoltaica atingiu um recorde em 2024: 4.900 GWh. Pesou 10% no consumo total, a maior quota de sempre no consumo nacional de eletricidade.

Face a 2023, a produção disparou 37%, segundo os dados hoje divulgados pela REN.

Foi durante o ano de 2024 que a capacidade solar ligada à rede duplicou para 1.555 MW face aos 780 MW no final de 2023. A

A produção solar em 2024 ultrapassou o total de 2023 no dia 5 de setembro, quando bateu o recorde anterior de 3,99 TWh, “tornando, já em setembro, 2024 um ano recorde em termos de produção solar em Portugal”, de acordo com a REN.

“Estes registos confirmam que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas, enquanto mantém os objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço no Sistema Elétrico Nacional”, segundo o comunicado da Redes Energéticas Nacionais.

Portugal ganha dois gigas de renováveis à boleia do solar

Portugal ganhou quase dois gigawatts de energias renováveis em 2024. A capacidade instalada de energias renováveis cresceu mais de 10% em Portugal no ano passado para um total de 20,8 gigawatts, segundo os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

De onde veio este crescimento? Da energia solar fotovoltaica que disparou 45% para quase 5,7 gigas.

A energia solar fotovoltaica (centralizada e descentralizada) pesa 90% (1,78 gigas) na nova capacidade instalada em Portugal, de quase dois gigas.

A energia solar convencional, as centrais maiores, disparou mais de 58% para 3,1 gigas instalados.

De resto, a hídrica cresceu ligeiramente de 8,1 gigas para 8,3 gigas. Na eólica, a capacidade subiu 45 MW para mais de 5,9 gigas.

Por região, o Alentejo registou o maior crescimento em potência instalada: mais 40% para mais de 2,7 gigas. No centro, a capacidade aumentou 12% para mais de 6,1 gigas. No norte, a capacidade aumentou 4% para quase 9,9 gigas. Já o Algarve registou um aumento de 80 MW para 873 MW e Lisboa registou uma subida de 120 MW para 882 MW.

“No ano de 2024, a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis foi de 43.980 GWh, correspondendo a 76,2% do total da produção bruta mais saldo importador de eletricidade. De acordo com a metodologia da Diretiva UE 2018/2001, que estabeleceu os objetivos a atingir em 2030, estima-se que essa percentagem se situe em 66,1%”, segundo a DGEG, liderada por Paulo Carmona.

“Neste mesmo período, 75,1% da produção de eletricidade de origem renovável foi obtida através das tecnologias eólica e hídrica”, pode-se ler.

“No final de 2024, a potência instalada em unidades de produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis foi de 20.798 MW, dos quais 2.562 MW são referentes a instalações de produção descentralizada. A capacidade instalada na produção descentralizada representa 12,3% da potência instalada renovável. As tecnologias hídrica e eólica representam 68,5% da capacidade instalada”, acrescenta a DGEG.