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Startup luso-britânica de IA cria colaboradores que podem aumentar produtividade em “milhares de horas”

A Noxus angariou 1,5 milhões de dólares, que na sua maioria deverão ser investidos em Portugal. De acordo com o CEO, o objetivo passa por melhorar a equipa e espalhar um serviço que promete poupar “dezenas de milhares de euros” às empresas portuguesas.
João Pedro Almeida, CEO da Noxus
12 Fevereiro 2025, 07h00

A Inteligência Artificial promete continuar a revolucionar empresas dos mais variados setores, através de tecnologias que permitem realizar tarefas monótonas, de forma a poupar tempo aos trabalhadores. É neste contexto que aparece a Noxus.

Falamos de uma startup fundada por portugueses, no Reino Unido. Conta com uma equipa baseada sobretudo em território nacional e oferece uma plataforma na qual é possível criar “colaboradores de IA”, através dos quais as empresas podem ver a produtividade das equipas aumentada em “cem vezes”, de forma a poupar “milhares de horas” dos trabalhadores humanos em contexto laboral.

A garantia é deixada por João Pedro Almeida, CEO da Noxus, ao Jornal Económico (JE) e, de acordo com o próprio, o impacto seria na ordem das “dezenas de milhares de euros” mensais no caso das empresas portuguesas. Para empresas estrangeiras, cuja dimensão pode ser muito maior, a redução de custos pode atingir os “milhões”, sublinha.

Por agora, estão a trabalhar com empresas maioritariamente sediadas em Portugal, como é o caso de um grupo de saúde “líder” no setor, ainda que o nome do mesmo não seja, para já, divulgado. De resto, colaboram também com empresas estabelecidas na Polónia e Países Baixos, além de estarem abertas conversas com empresas de Alemanha, França e Reino Unido.

Para colocar as ideias no terreno, conta com “uma equipa excelente” e um dos objetivos passa por continuar a melhorá-la, de forma a trabalhar em prol de “um produto diferenciador a nível europeu”, promete.

É com isto em mente que a empresa angariou 1,5 milhões de de dólares de financiadores. Deste valor, a maioria será investido em Portugal, diz João Pedro Almeida. O objetivo passará por fazer expandir o serviço, chegando a mais empresas, se possível de outras geografias.

De resto, o responsável não deixa de parte a possibilidade de colaborar com o setor público, nomeadamente no setor da saúde, “onde temos experiência”, sublinha.

Talento português é referência

João Pedro Almeida salienta que “o capital humano português, particularmente a nível de engenharia, é muito bom”, pelo que seria imperativo o país manter os profissionais da área, no seu entender.

Nessa perspetiva, torna-se “quase um privilégio poder contratar engenheiros portugueses”, diz ainda.

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