O Resultado Líquido Consolidado da Sonae Capital em 2018 registou uma melhoria de 2,1 milhões de euros face ao ano anterior, para um valor negativo de 3,3 milhões de euros, diz a empresa em comunicado.
A empresa prefere destacar a evolução positiva do quarto trimestre do ano. Nesse trimestre a Sonae Capital alcançou lucros de 3,2 milhões de euros. Isto é o resultado líquido no quarto trimestre melhorou 9 milhões face aos 5,89 milhões de prejuízos.
“O volume de negócios consolidado nos últimos três meses do ano aumentou 63,7% para 84,7 milhões de euros”, diz a empresa do Grupo Sonae.
No total do ano 2018, o volume de negócios consolidado cresceu 29,1% para 235,4 milhões, sendo que o volume de negócios, excluindo vendas de Activos Imobiliários, cresceu 16,3% para 183,5 milhões de euros, lê-se no documento.
O EBITDA consolidado aumentou 27,7% para 26,7 milhões em 2018 e o “resultado líquido das operações correntes melhorou para lucros de 0,2 milhões de euros em 2018”, salienta a Sonae Capital.
Destaque ainda para o investimento que ascendeu a 32,6 milhões, impulsionado por aquisições e central de biomassa.
A empresa que integra o PSI 20 anunciou a distribuição de um dividendo bruto de 0,074 euros por ação, correspondendo a um dividend yield de 8,7%.
O CEO da empresa diz que vão distribuir pelos acionistas 15 milhões em maio.
Miguel Gil Mata diz que “estamos certos de que, com uma dívida líquida de 119,8 milhões de euros no final de 2018, mantemos uma estrutura de capital adequada para a tipologia de negócios e activos detidos pelo Grupo, mesmo após a distribuição de dividendos, em Maio, no valor de 15 milhões de euros e o investimento realizado, no valor de 32,6 milhões de euros – essencial para o caminho de crescimento que pretendemos trilhar”, conclui o presidente executivo da Sonae Capital.
Análise consolidada
“O ano de 2018 da Sonae Capital ficou marcado pelo reforço da posição competitiva e robustez das unidades de negócio, com crescimentos assinaláveis no volume de negócios e na rentabilidade operacional”, refere o comunicado.
O volume de negócios das unidades de negócio da Sonae Capital situou-se em 183,5 milhões no ano de 2018, registando um aumento de 16,3% face ao ano anterior. No mesmo período, o volume de negócios consolidado totalizou 235,4 milhões de euros, o que representa um aumento de 29,1% em relação ao ano anterior.
“O forte crescimento do Volume de Negócios beneficiou do desempenho das Unidades de Negócio, com destaque para os negócios de energia, fitness, hotelaria e as operações do Tróia Resort, bem como da unidade de Activos Imobiliários”, explica a empresa.
No 4º trimestre do ano, o volume de negócio das unidades de negócio cresceu 10,6% para 46,9 milhões de euros, com o volume de negócios consolidado a aumentar 63,7% para 84,7 milhões, beneficiando do crescimento das áreas de energia, fitness e hotelaria e da unidade de ativos imobiliários.
O desempenho de vendas e o foco na rentabilidade operacional contribuíram para que o EBITDA das Unidades de Negócio tenha crescido 18,6% em 2018 para 20,6 milhões, equivalente a uma margem de 11,2%.
O EBITDA consolidado do ano cresceu 27,7% para 26,7 milhões, gerando uma margem de 11,3%. No 4º trimestre de 2018 o EBITDA das unidades de negócio quase duplicou, aumentando de 1,96 milhões para 3,82 milhões, com o EBITDA consolidado a quase triplicar, de 2,69 milhões para 7,34 milhões de euros, diz a empresa.
“Fruto desta melhoria operacional, o resultado líquido das operações correntes alcançou um valor positivo de 0,2 milhões em 2018, representando uma melhoria de 2,7 milhões face ao ano de 2017 (que havia sido de -2,48 milhões). No 4º trimestre o resultado líquido das operações correntes ascendeu a 3,36 milhões, melhorando 7,9 milhões face ao resultado do ano anterior”, diz o comunicado.
O Investimento Bruto de 2018 situou-se em 32,6 milhões, sendo de destacar na aquisição da cadeia de fitness PUMP (no valor de 8,4 milhões) e do Clube Lagoas Park (0,26 milhões), assim como o investimento, em curso, no projecto de desenvolvimento de uma central de cogeração alimentada a biomassa (no valor de 13,2 milhões), no segmento de Energia.
Diz a Sonae Capital que a estrutura de capital manteve-se adequada à tipologia de negócios e activos em posse do Grupo, com o rácio da Dívida Líquida face ao EBITDA de 2,5x e Loan to Value de 21,1%.
O CEO da Sonae Capital, Miguel Gil Mata, diz em comunicado que “hoje podemos afirmar que somos uma empresa de maior dimensão e com um portefólio de negócios mais consolidado. O Volume de Negócios das nossas Unidades de Negócio continuou a crescer e concluímos o ano de 2018 com 183,5 milhões de euros, 16,3% acima de 2017, e com um EBITDA de 20,6 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 18,6% face ao ano transacto”.
O gestor diz ainda que “a unidade de Activos Imobiliários, fulcral para o financiamento da nossa estratégia corporativa, continuou a apresentar uma performance em linha com o esperado. Em 2018, destaca-se a venda, por 30 milhões de euros, de um dos activos emblemáticos do portefólio da Sonae Capital, o Loteamento EFANOR, para além dos CPCVs da Unop 3, em Tróia, e do Edifício Metrópolis, na área metropolitana do Porto. Já ao nível das Unidades Turísticas Residenciais, em Tróia, completámos, em 2018, 38 escrituras de compra e venda, no valor de 14,7 milhões de euros (às quais acrescem 5 escrituras, no valor de 2,3 milhões, já no início de 2019), num ritmo de vendas que não alcançávamos desde 2014”.
“Na Energia, 2018 foi o ano em que estabelecemos as fundações para explorar um novo mercado, o México, essencialmente por via da tecnologia de cogeração, em que detemos know-how e experiência relevantes. No Fitness, integrámos com sucesso as aquisições do Pump e Lagoas Park, ao mesmo tempo que abrimos três novos Clubes, atingindo, no final do ano, as 3 dezenas de clubes. Em Hotelaria, ganhámos a concessão para abrir uma nova unidade no icónico edifício da Estação Ferroviária de Santa Apolónia, o que permitirá iniciar a nossa actividade em Lisboa, que consideramos um destino de inegável potencial. No segmento de Refrigeração & AVAC, continuámos a melhor a rentabilidade e sustentabilidade da operação”, diz o CEO.
(atualizada)
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