“Confiança é o fator fundamental para haver investimento”, afirma diretor-geral da Sabseg

O tecido empresarial português precisa de sentir confiança para que possa existir investimento, dando capacidade de crescimento ao setor não só em Portugal, mas também do ponto de vista internacional. Esta foi uma das mensagens transmitidas por Fernando Rocha, diretor-geral de negócios da SABSEG, no painel ‘Oportunidades de Crescimento’, inserido no evento da Rota do Crescimento, que decorre em Braga esta quarta-feira e que faz parte de um novo projeto do Jornal Económico, que reúne decisores políticos, associações e empresários, para discutir os apoios às pequenas e médias empresas, neste percurso que une várias cidades do país.

“Hoje as empresas querem ter confiança, esse é o fator fundamental para haver investimento”, referiu, destacando que no caso da seguradora os clientes têm crescido muito na fileira da construção, mas também o turismo e mobilidade.

Para o responsável um dos principais desafios que a indústria empresarial tem pela frente é a retenção de talento que hoje faz falta em qualquer atividade. “Qualquer empresa que visite hoje tem muita dificuldade em reter o talento”, sublinhou Fernando Rocha.

O diretor-geral de negócios da seguradora destacou também a importância de investir no processo de digitalização para levar o seu modelo de negócio a todos os pontos do país.

“Queremos estar nos mercados locais. Levamos o modelo de negócio que temos em Braga para todas as cidades do país, mas não deixamos de investir localmente. A parte tecnológica é fundamental para ganhar esta escala”, afirmou, alertando que a questão digital em Portugal e a gestão de dados é um dos maiores riscos que as empresas têm. “Muitas vezes as portas estão abertas e não vemos isso”, enfatizou.

Num painel moderado pelo subdiretor do Jornal Económico (JE), Ricardo Santos Ferreira, o responsável da Sabseg foi questionado sobre os riscos da internacionalização, realçando que tudo depende do investimento e internacionalização que se fizer.

“Há sempre uma questão importante que no nosso caso é sermos um aliado na gestão do risco dos nossos clientes. A questão geopolítica é também fundamental. E depois é olhar para o mercado e perceber onde vou vender e porque canais vou vender”, sublinhou Fernando Rocha.