Bolsas europeias sobem apesar de inflação acelerar nos EUA

A bolsa de Lisboa registou perdas generalizadas na sessão desta quarta-feira, de tal modo que o índice PSI contraiu 0,53% e ficou-se pelos 6.528 pontos. Lá fora, a maioria das congéneres europeias ganhou terreno, em dia de nova subida da inflação nos EUA.

Entre as cotadas que mais perdem, a Mota-Engil vai aos 1,78% e a cotação de mercado fica-se pelos 2,874 euros por ação. Segue-se uma descida de 1,32% na Jerónimo Martins, até aos 19,43 euros. O grupo EDP voltou a registar perdas, na medida em que a empresa-mãe recuou 0,92% para 2,896 euros, ao passo que a EDP Renováveis contraiu 0,88% para 8,48 euros.

Por outro lado, os títulos da NOS valorizaram 1,39% e alcançaram os 3,65 euros a fechar as negociações.

Lá fora, o índice agregado Euro Stoxx 50 subiu 0,29% e o dia foi positivo nas principais praças europeias, que assim contrariaram um possível mal-estar associado à aceleração da inflação nos EUA.

Os dados do departamento do comércio indicaram uma aceleração do índice total para 3% em janeiro, em termos homólogos (2,9% em dezembro), ao passo que a variação mensal foi de 0,5% (0,4% em dezembro).

Em causa estão números acima do esperado, que colocaram em alerta a bolsa de Wall Street, de tal modo que os principais índices abriram a perder perto de 1% cada. Em causa está a ideia de que a Fed irá manter as taxas de juro de referência, como forma de continuar a lutar contra o incremento dos preços.

Entre as principais praças, destaque para Madrid, cujo índice de referência, o IBEX 35, subiu 1,12%. Em causa está o bom dia vivido pelo setor da banca, com destaque para a valorização de quase 2% no Santander.

Somam-se subidas de 0,48% na Alemanha, 0,30% no Reino Unido e 0,17% em França. Por outro lado, Itália perdeu 0,15%.

Esta quarta-feira, é dia de ser conhecida a inflação referente a janeiro na Alemanha, assim como o PIB no Reino Unido.

No que diz respeito a empresas, prossegue a época de resultados, com as divulgações de várias cotadas de peso. É o caso da Ricoh, Nestlé, Siemens, Unilever, entre outras.