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Inquérito da AIP conclui que 92% das empresas de qualquer dimensão defende a descida do IRC

A esmagadora maioria das empresas (75%) inquiridas pela AIP acha que a progressividade do IRC é prejudicial à competitividade empresarial e ao investimento.
13 Fevereiro 2025, 07h00

A Associação Industrial Portuguesa (AIP) publicou o Inquérito de Contexto à Politica Fiscal, referente ao último trimestre de 2024.

O Inquérito de Contexto Empresarial sobre a Política Fiscal referente ao 4º trimestre de 2024 conclui que 92% das empresas – não havendo qualquer variação nas respostas no que diz respeito aos setores e dimensão – defende a descida do IRC independentemente da dimensão das empresas, havendo 64% que afirmam preferir uma taxa de 15%, 26% uma taxa de 17%, 6% de 19% e 2% de 21%.

A maioria das empresas (76%) entende que a redução de IRC deveria ser transversal a todos os setores da atividade económica. Sendo que a redução da taxa de IRC para 17%, era preferível para a maioria das empresas portuguesas (79%) à existência de 83 benefícios fiscais que neste momento subsistem em sede de IRC, segundo a AIP.

Neste inquérito da Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI), 51% das empresas inquiridas assinalam como prioritária a descida de IRC, enquanto que 31% defendem ser mais importante a redução da tributação nos prémios de desempenho, enquanto que a descida das tributações autónomas e a redução da tributação do trabalho extraordinário são as restantes prioridades assinaladas.

É ainda de realçar que a esmagadora maioria das empresas (75%) acha que a progressividade do IRC é prejudicial à competitividade empresarial e ao investimento.

O Inquérito de Contexto Empresarial – Política Fiscal –  recaiu sobre 523 sociedades comerciais, entre os dias 12 de outubro e 11 de novembro de 2024, em todo o território nacional.

A Indústria representou 47% da amostra, seguido pelos Serviços, com 26%, o Comércio com 14%, Construção com 7%, Agricultura com 3%, Alojamento e Restauração 2% e Transportes e Armazenagem a representar 1% da amostra.

Foram recolhidas respostas de 3% de grande empresas, 8% de médias, 45% de Pequenas e 44% de microempresas, sendo que da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.

Por regiões, o Norte representou 24%, o Centro 32%, Área Metropolitana de Lisboa 26%, Alentejo 12%, Algarve 3% e Ilhas 3%.

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