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Unidades de participação emitidas por fundos de investimento atingiram 45,3 mil milhões em 2024

O Banco de Portugal relata que em 2024, os particulares aumentaram as suas aplicações em fundos de investimento em 1,6 mil milhões de euros. No final do ano, detinham 49% do total de unidades de participação emitidas e mantinham-se como o principal setor investidor em fundos.
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13 Fevereiro 2025, 12h31

O Banco de Portugal publicou esta quarta-feira as estatísticas de fundos de investimento atualizadas para dezembro de 2024, com os números a revelarem o valor mais alto desde o início da série.

Em dezembro de 2024, o total das unidades de participação emitidas por fundos de investimento atingiu 45,3 mil milhões de euros. O banco central diz que as aplicações de particulares em fundos de investimento aumentaram 1,6 mil milhões de euros em 2024, mantendo-se estes como o principal setor investidor em fundos de investimento.

No ano todo de 2024, o valor das unidades de participação emitidas pelos fundos de investimento cresceu 4,1 mil milhões de euros, atingindo, no final de dezembro, 45,3 mil milhões de euros, o montante mais elevado desde o início da série.

“Este comportamento, bastante semelhante ao registado no ano anterior, é justificado sobretudo por outras variações de volume e preço, nomeadamente, pela valorização das unidades de participação (2,1 mil milhões de euros) e pela conversão de sociedades não financeiras do ramo imobiliário em fundos de investimento (1,9 mil milhões de euros)”, explica o Banco de Portugal.

Contribuiu também para esta evolução o facto de as emissões de unidades de participação terem superado as amortizações em 100 milhões de euros.

Para estas estatísticas são considerados os fundos imobiliários e os fundos mobiliários, que incluem fundos de ações, de obrigações, fundos mistos e outros fundos.

Em termos líquidos, os fundos de obrigações emitiram 900 milhões de euros e em contrapartida, os fundos imobiliários amortizaram 800 milhões de euros.

Quanto às outras variações de volume e preço, os fundos imobiliários foram os principais responsáveis quer pela valorização das unidades de participação emitidas, que refletiu a valorização dos imóveis em carteira, quer pela conversão de sociedades não financeiras do ramo imobiliário em fundos de investimento. No total, os fundos imobiliários representaram 76% das outras variações de volume e preço.

“A análise por variabilidade de capital evidencia um crescimento dos fundos de investimento fechados, reflexo do incremento dos fundos imobiliários”, avança o BdP que acrescenta que nos últimos quatro anos, o peso dos fundos de investimento fechados no total aumentou 10 pontos percentuais.

O peso dos fundos imobiliários no total do setor também cresceu, correspondendo, no final de 2024, a 44% do total do ativo dos fundos de investimento, mais 2 pontos percentuais do que no final de 2023.

Seguiam-se os fundos de obrigações e os outros fundos, que representavam, no final do ano passado, 21% e 19% do setor, respetivamente.

O Banco de Portugal relata que em 2024, os particulares aumentaram as suas aplicações em fundos de investimento em 1,6 mil milhões de euros. No final do ano, detinham 49% do total de unidades de participação emitidas e mantinham-se como o principal setor investidor em fundos de investimento.

Por fim, o banco central revela que no fim de 2024, o total do ativo dos fundos de investimento era de 52,3 mil milhões de euros, correspondendo ao máximo da série histórica, que se inicia em dezembro de 2000.

“Uma análise às transações nos vários instrumentos revela que, em 2024, os fundos reduziram os seus depósitos em 0,3 mil milhões de euros. O valor das vendas de ativos não financeiros, nomeadamente imóveis, superou o das aquisições em 0,9 mil milhões de euros. Em sentido inverso, os fundos aumentaram o seu investimento em títulos de dívida em 0,8 mil milhões de euros”, detalha o banco central.

O investimento em títulos de capital totalizava 400 milhões de euros no final do ano, concentrando-se sobretudo em ações e outras participações.

 

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