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Facebook quer ser uma ‘sala de estar’ em vez de um ‘grande auditório’

Mark Zuckerberg assume que o futuro da rede social não passa pelo modelo de negócio atual.
7 Março 2019, 17h04

Numa carta aberta publicada no perfil de Zuckerberg, o presidente executivo do Facebook refletiu sobre a visão da rede social e sobre os principais desafios que o futuro reserva à comunicação.

Nos primeiros parágrafos, o empresário desabafa sobre a mudança de comportamento dos utilizadores nos últimos 15 anos. Se, no início, as pessoas procuravam conectar-se com amigos e conhecidos de forma aberta, numa espécie de ‘praça digital’, hoje preferem comunicar de forma mais resguardada e isolada, procurando uma “sala de estar digital”.

Debruçando-se sobre o futuro da internet, Zuckerberg acredita que “uma plataforma de comunicação focada na privacidade será mais importante do que as plataformas abertas que existem hoje”, criticando o seu próprio modelo de negócio.

Em jeito de autocrítica, aproveitou para sublinhar que, apesar das recentes polémicas relacionadas com a privacidade dos seus utilizadores, o Facebook continua empenhado em ir ao encontro daquilo que as pessoas realmente procuram.

“Acredito que o futuro da comunicação irá focar-se em serviços privados, onde os utilizadores podem acreditar que aquilo que dizem permanece seguro e que as suas mensagens não ficarão guardadas para sempre. Este é o futuro e espero que possamos ajudar.”

Antes de mergulhar nas questões da privacidade e da partilha de dados, o empresário reconheceu ainda que o futuro passa pela criação de um sistema de comunicação – assente no envio de mensagens privadas – semelhante ao WhatsApp.

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