Em entrevista ao programa Conversa Capital, da Antena 1 e Jornal de Negócios, João Vieira Lopes considera que o acordo de concertação social não está a ser cumprido.
O presidente da Confederação do Comercio e Serviços de Portugal (CCP) diz que foi criada uma expectativa do ponto de vista fiscal e económico de aproximação às empresas que não está a corresponder às promessas feitas em tempo de campanha. João Vieira Lopes fala mesmo de um “ritmo um bocado paquidérmico” do Governo, dando como exemplo o que se passa com a revisão da legislação laboral, em sede de concertação social.
Para a CCP, há 4 pontos fundamentais em que é preciso atuar: Produtividade, financiamento, investimento e capitalização defendeu na mesma entrevista.
O presidente da CCP diz mesmo que o benefício da dúvida que deu ao governo para assinar o acordo acabou e que por isso não voltaria a fazê-lo.
“Um acordo como este não voltava a assinar” diz o presidente da Confederação do Comercio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, referindo-se ao atual acordo de concertação social.
Ainda assim, o presidente da CCP adianta que os aumentos dos salários para 2025 vão ser negociados dentro dos valores previstos em concertação social, ou seja, os 4,7%.
Simultaneamente, reconhece que há mais encerramentos de empresas na área do comercio e serviços, sem que se possa falar ainda de uma recessão, mas apenas de uma contração.
Nesta entrevista, o presidente da CCP revela também que “espera no final do mês ter uma resposta do governo à proposta das confederações sobre o novo modelo de concessão de vistos para os trabalhadores imigrantes”.
“A CCP apresentou ao governo uma proposta para inverter a descaracterização dos centros urbanos”, diz acrescentando que sobre esse assunto vai reunir com o ministro da Coesão Territorial nesta segunda-feira.
João Vieira Lopes refere mesmo que “os centros das cidades estão transformados em lojas de ímanes e restaurantes baratos, o que a prazo vai ter consequências para o turismo e os habitantes. Fala mesmo nalguns casos em provável tráfico de pessoas porque diz que é impossível que essas lojas que vendem ímanes tenham rentabilidade para pagar rendas de 7 mil euros”.
O presidente da CCP alerta ainda que a concentração excessiva dos imigrantes e dos sem abrigo nalgumas zonas é problemática e tem levado a queixas dos comerciantes.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com