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Pharol passa de prejuízos a lucros de 24,2 milhões num ano

“O nosso compromisso continua a ser a criação de valor para os acionistas, garantindo transparência, eficiência e sustentabilidade na gestão dos ativos. Continuaremos a fortalecer a Pharol e a preparar o caminho para um futuro de crescimento sustentável”, diz Luís Palha da Silva.
Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
25 Fevereiro 2025, 22h44

A ex-Portugal Telecom SGPS apresentou em 2024 um resultado líquido positivo de 24,2 milhões de euros, revertendo o prejuízo de 967 mil
euros registado em 2023.

A Pharol diz que este resultado foi fortemente influenciado pelo reconhecimento de 26 milhões de euros provenientes da clarificação da propriedade dos reembolsos fiscais.

Luís Palha da Silva, CEO da Pharol SGPS comenta que “o desfecho favorável do processo de determinação da propriedade dos reembolsos fiscais permitiu-nos alcançar um resultado líquido positivo expressivo de 24,2 milhões de euros. Este marco resulta de um esforço contínuo de gestão criteriosa, que nos permitiu não só clarificar a nossa posição fiscal, mas também reduzir o nível de contingências, reforçar os
capitais próprios e consolidar um perfil de risco mais saudável”.

Os custos operacionais estiveram controlados, ascendendo a 2,3 milhões de euros. Ainda assim com um aumento ligeiro em comparação com 2023 deve-se principalmente a custos com pessoal e a despesas com consultoria jurídica para processos em curso, parcialmente compensadas pela redução de custos de outros fornecimentos e serviços externos.

“Para além deste impacto extraordinário, destacamos também o rigor na gestão dos custos operacionais e a otimização da tesouraria, fatores determinantes para o nosso desempenho positivo”, refere o CEO.

A Pharol reporta ainda o reforço da solidez financeira, com aumento dos capitais próprios para 92,2 milhões, o que traduz um crescimento significativo face aos 68,1 milhões no final de 2023.

A posição de tesouraria está robusta, com caixa e equivalentes no valor de 16 milhões de euros e uma carteira de investimentos financeiros de 27 milhões.

“A Pharol concluiu igualmente a estratégia de desinvestimento na Oi, permitindo-nos concentrar os nossos esforços no acompanhamento dos processos fiscais e na redefinição estratégica do futuro da empresa”, explicou Luís Palha da Silva no comunicado.

O CEO da empresa diz que “libertos de dívida e com uma estrutura financeira sólida, estamos agora preparados para explorar novas
oportunidades de investimento. O nosso compromisso continua a ser a criação de valor para os acionistas, garantindo transparência, eficiência e sustentabilidade na gestão dos ativos. Continuaremos a fortalecer a Pharol e a preparar o caminho para um futuro de crescimento
sustentável”.

A Pharol nasceu da implosão da antiga Portugal Telecom e tem como principal ativo um crédito sobre a falida Rioforte que ascendia inicialmente a 897 milhões de euros. O Tribunal de Comércio do Luxemburgo reconheceu, no ano passado, uma parte do crédito reclamado pela portuguesa Pharol na insolvência da Rioforte, a ex-área não financeira do Grupo Espírito Santo (GES), confirmando que a Pharol tem direito a reclamar pelo menos 147 milhões de euros. Os restantes 750 milhões ainda não foram reconhecidos.

“A 30 de Dezembro de 2024, considerando a manutenção dos principais fatores de avaliação dos Ativos da Rio Forte e não havendo evolução no montante das dívidas reclamadas, o valor expectável de recuperação da dívida nominal da Rio Forte manteve-se inalterado em 5,79% equivalente a 51,9 milhões”, lê-se no relatório e contas.

A Pharol tem vindo a reduzir a participação na brasileira Oi que chegou a ser um dos seus principais ativos e hoje é residual.

 

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