O papel da Inteligência Artificial no recrutamento está a ganhar terreno, com três em cada 10 empresas a dizer que já integram esta tecnologia nos seus processos de contratação, revela o relatório Talent Trends 2025 da consultora global Robert Walters.
“Apesar de a automação acelerar o recrutamento, o fator humano continua a ser indispensável, sendo essencial encontrar um equilíbrio entre tecnologia e inteligência emocional”, afirma a Robert Walters, adiantando que a liderança centrada nas pessoas está também a tornar-se “um fator determinante para o sucesso empresarial”. Justificação: “Organizações que adotam empatia, flexibilidade e uma liderança orientada por propósito têm 2,6 vezes mais probabilidades de alcançar bons resultados”.
O relatório Talent Trends 2025 destaca a experiência do candidato como tendo também um papel central no processo de recrutamento, com 83% dos profissionais a afirmarem que uma experiência negativa numa entrevista pode alterar a sua perceção sobre uma empresa.
“Para atrair os melhores talentos, as organizações devem tratar os candidatos como clientes”, recomenda o estudo. A evolução do trabalho híbrido continua a ser uma prioridade para muitos profissionais, levando as empresas a testarem novas abordagens, como a semana de quatro dias ou o conceito de window working, com o objetivo de aumentar o envolvimento e a produtividade dos colaboradores.
O estudo conclui que o modelo tradicional da carreira em escada está a ser substituído por trajetórias mais dinâmicas e flexíveis, onde os profissionais optam por mudanças laterais, crescimento transversal e progressão baseada em competências.
Por fim, as competências exigidas pelo mercado de trabalho estão em constante evolução. Até 2030, a Robert Walters prevê que 39% das competências atualmente valorizadas irão mudar, obrigando as empresas a investir na formação contínua dos seus colaboradores, tanto em competências tecnológicas como comportamentais.
Segundo David Ferreira, country head da Robert Walters Portugal, a procura pelo talento está mais intensa do que nunca e as empresas que não inovarem vão ficar para trás. “As organizações com mais visão já estão a apostar fortemente na digitalização, na flexibilidade e numa abordagem centrada nas pessoas para se diferenciarem no mercado”, salienta. Para concluir que num cenário em que a mudança no local de trabalho é impulsionada pela concorrência, a “capacidade de adaptação e a criação de uma cultura onde os profissionais possam prosperar vão ser fatores críticos para o seu sucesso”.
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