O IGCP colocou hoje 1.100 milhões de euros, abaixo do montante global máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 e a 13 anos às taxas de juro de 3,381% e 3,633%, respetivamente, foi hoje anunciado.
Segundo a página do IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública na agência Bloomberg, em “OT 3% 15Jun2035” (cerca de 10 anos) foram colocados 563 milhões de euros à taxa de 3,381% e a procura atingiu 1.119 milhões de euros, 1,99 vezes o montante colocado.
Em “OT 3,5% 18Jun2038” (cerca de 13 anos) o IGCP colocou 537 milhões de euros à taxa de 3,633% e a procura cifrou-se em 1.062 milhões de euros, 1,98 vezes o montante colocado.
Para hoje, o IGCP tinha anunciado a realização de dois leilões de OT 10 e a 13 anos, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros.
O anterior leilão de OT realizou-se em 12 de fevereiro, quando o IGCP colocou 1.496 milhões de euros, abaixo do montante global máximo indicativo, em OT a nove, 17 e 27 anos às taxas de juro de 2,786%, 3,342% e 3,433%, respetivamente.
Em “OT 2,25% – 18Abr2034” (cerca de nove anos) foram colocados 516 milhões de euros à taxa de 2,786% e a procura atingiu 1.084 milhões de euros, 2,10 vezes o montante colocado.
Em “OT 1,15% – 11Abr2042” (cerca de 17 anos) o IGCP colocou 489 milhões de euros à taxa de 3,342% e a procura cifrou-se em 930 milhões de euros, 1,90 vezes o montante colocado.
Em “OT 1% – 12Abr2052” (cerca de 27 anos) o IGCP colocou 491 milhões de euros a 3,433% e a procura foi de 848 milhões de euros, 1,73 vezes o montante colocado.
Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, diz que “Portugal emitiu obrigações do tesouro num montante total 1.100 milhões de euros, sendo 563 milhões em obrigações a 10 anos com uma procura de 1,99 e 537 milhões em obrigações a 13 anos com uma procura de 1,98”.
Na emissão a 10 anos a taxa obtida foi de 3,38% e na emissão a 13 anos a taxa foi de 3,633%. Em ambas as emissões, registou-se uma subida das yields.
“A título de comparação, em fevereiro, Portugal realizou uma emissão a 9 anos com uma taxa de colocação de 2,78%”, refere Filipe Silva.
”Esta subida do prémio de risco nacional reflete o aumento do prémio de risco alemão, na sequência do anúncio do investimento de 500 mil milhões de euros que a Alemanha irá realizar em armamento e infraestruturas. O BCE reduziu as taxas de juro em 25 pontos base, mas este efeito fez-se sentir apenas nas taxas de curto prazo”, conclui.
(atualizada com comentários de Filipe Silva)
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