Os mercados europeus encerraram a semana com forte ânimo, impulsionados pela desaceleração da inflação nas duas maiores economias da zona euro. Na base está a necessidade de ver aquele indicador baixar na área da moeda única, até à meta de 2% definida pelo BCE, que assim terá maior margem para baixar as taxas de juro de referência.
Em Lisboa, o PSI acompanhou o otimismo europeu, ainda que de forma menos expressiva. Entre as cotadas que constituem o índice de referência de Lisboa, o destaque vai para o disparo de 4% nas ações do BCP, que levaram a uma subida de 0,73% no PSI, até aos 6.771 pontos, na sessão de sexta-feira.
A cotação de mercado do único banco que faz parte do principal índice da bolsa de Lisboa subiu de tal modo que os títulos atingiram os 0,5516 euros nas negociações.
De resto, a banca esteve em destaque por toda a Europa, com subidas superiores a 3% no Santander e BBVA (em Espanha), no Unicredit (Itália) e no Deutsche Bank (Alemanha). Ao mesmo tempo, o BNP Paribas (França) ganhou quase 3% e registaram-se valorizações que rondaram os 2% no Barclays e no Lloyds Banking (Inglaterra).
Ao mesmo tempo, a Mota-Engil adiantou-se 3,55%, até aos 3,206 euros, enquanto os CTT saltaram 2,30%, agora nos 7,12 euros, ao passo que a Altri ganhou 1,65% para 6,15 euros.
Em sentido oposto, a Jerónimo Martins caiu 1,86%, até aos 19,53 euros, ao passo que a EDP recuou 1,61% para 3,049 euros e a REN contraiu 1,30% e ficou-se pelos 2,655 euros.
No exterior, foram notórias as subidas dos índices de referência nos mais importantes mercados europeus. Em causa estão, entre outros fatores, as desacelerações da inflação nas duas maiores economias da zona euro, em fevereiro. No caso da Alemanha, o recuo foi superior ao esperado, para um acréscimo homólogo de 1,6%, ao passo que em França foi registado um abrandamento expressivo, até à subida de 0,8% por comparação com o mesmo mês de 2024.
Essa foi uma tendência particularmente notória na Alemanha, onde o índice de referência subiu 1,86%. Nesse sentido, a Rheinmetall voltou a valorizar de forma expressiva, acima dos 6%, a beneficiar do maior foco da política alemã no rearmamento.
Seguiram-se incrementos de 1,69% em Itália, 1,46% em Espanha, 1,13% em França e 1,06% no Reino Unido. Ao mesmo tempo, o índice agregado Euro Stoxx 50 adiantou-se 1,56%.
Olhando para esta segunda-feira, os dados das vendas a retalho nos EUA em fevereiro podem mexer com o sentimento, a partir das 12h30. À passagem da hora de almoço (14h), a presidente do BCE, Christine Lagarde vai discursar e pode mexer com o sentimento dos investidores.
No que diz respeito à bolsa de valores de Lisboa, é de salientar que várias as cotadas vão apresentar os resultados de 2024 durante a semana. A primeira será a Jerónimo Martins (quarta-feira), seguida pela Altri, CTT e Sonae (quinta-feira).
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