A nova proposta de lei da reforma da supervisão financeira apanhou de surpresa os reguladores, uma vez que esta versão difere daquela a que tiveram acesso a 11 de janeiro – quando lhes foi pedido um parecer – e consideram que devia ter sido alvo de consulta pública. A proposta de lei aguarda votação no Parlamento, mas a versão final ainda poderá sofrer alterações, uma vez que falta o parecer do Banco Central Europeu (BCE), que deverá chegar em abril. Este parecer terá de ser acatado pelos grupos parlamentares, sob pena de dar lugar à abertura de um processo de incumprimento por parte da Comissão Europeia.
O eventual desrespeito pelo parecer do BCE é um ato que, no limite, pode acabar no Tribunal de Justiça Europeu, que tem competências para julgar violações do tratado europeu e pode obrigar à reversão de leis nacionais. Mas o facto de Mário Centeno ser presidente do Eurogrupo poderá desencorajar litígios com Bruxelas. O Banco de Portugal (BdP) não esconde, no seu parecer à nova lei, o incómodo com a proposta de lei, considerando que a mesma coloca em causa a sua independência institucional e funcional.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com