Um estudo da HelloSafe, plataforma de comparação de produtos financeiros, indica que os Estados Unidos, com 55%, é o mercado que tem a taxa mais elevada de participação no mercado de ações. Segue-se o Canadá com 49%, a Austrália com 37% enquanto que a Nova Zelândia se fica pelos 31%. Já Portugal atinge os 14,5%, ocupando o 14º lugar num ranking que integra 32 países.
“Na Europa, há diferenças significativas: os países nórdicos, como a Suécia (22%) e a Finlândia (18,7%), estão à frente das principais economias, como a França (15,1%) e a Alemanha (14,2%). Na Ásia, as taxas permanecem modestas em geral, apesar dos centros financeiros dinâmicos, como Hong Kong (13,8%) e Japão (15,2%). Por fim, os países emergentes da América Latina e de África, como o Brasil (8%) e Marrocos (0,5%), têm níveis muito mais baixos, ilustrando mercados financeiros que ainda estão em desenvolvimento”, salienta o estudo.
A especialista em finanças da HelloSafe, Pauline Laurore, refere que a diferença na participação no mercado de ações entre os vários países integrados no ranking pode ser explicada por uma combinação de fatores estruturais.
“Em países como os Estados Unidos e o Canadá, o investimento em ações está profundamente integrado aos esquemas de poupança para aposentadoria, por meio de fundos de pensão, e é apoiado por fortes incentivos fiscais”, explica Pauline Laurore.
“A cultura financeira nesses países é mais desenvolvida, e o acesso aos mercados é facilitado por plataformas de baixo custo e regulamentação favorável”, reforça a especialista em finanças da HelloSafe.
Pauline Laurore salienta que em muitos países emergentes as infraestruturas financeiras “são menos maduras, os produtos de investimento não estão amplamente disponíveis” e a poupança ainda é canalizada principalmente para propriedades ou ativos não arriscados.
“Mesmo em países altamente populosos, como a Índia e a China, o baixo nível de penetração do mercado de ações (6-7%) mostra que há um potencial considerável de crescimento, desde que os obstáculos educacionais, tecnológicos e institucionais sejam superados”, diz Pauline Laurore.
“Na América do Norte, os Estados Unidos dominam com mais de 185 milhões de investidores, bem à frente do Canadá (19 milhões). Na Ásia, embora a proporção de investidores seja menor, o volume é impressionante devido à população: a China (98,7 milhões) e a Índia (85,8 milhões) estão entre os líderes mundiais”, refere o estudo da HelloSafe.
Já na Europa surge o Reino Unido (22 milhões), a Alemanha (11,8 milhões) e França com 10,2 milhões.
“Na América Latina, o Brasil destaca-se com 17,1 milhões de investidores. Em África a África do Sul lidera com 8,47 milhões de investidores, contrastando com os números muito mais baixos de Marrocos (189.500). Estes números revelam a influência combinada do padrão de vida, da cultura de investimento e do peso demográfico”, considera a HelloSafe.
Ao nível de retornos surge os Estados Unidos, com o índice S&P 500, que gerou ganhou de 16,89%. “Os mercados emergentes, especialmente o Brasil e a Índia, vêm logo atrás, com retornos próximos a 15,9%, oferecendo um potencial atraente, apesar da sua volatilidade. O Vietname e a Nova Zelândia também se destacaram com retornos respeitáveis, embora mais moderados (12,22% e 10,66%). Mercados como o Reino Unido (2,67%) e Espanha (1,65%) tiveram um desempenho muito inferior, sugerindo um crescimento menos dinâmico durante o período. Países europeus como Portugal (1,71%) e França (5,93%) também tiveram um desempenho inferior ao dos seus pares globais”, indicou o estudo.
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