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Na hora de investir, 92% dos investidores portugueses consideram fatores de sustentabilidade

Estudo da Allianz Global Investors coloca Portugal a liderar o ranking dos países europeus nos quais os clientes estão mais atentos e preocupados com investimentos sustentáveis, seguido por Itália e Espanha.
27 Março 2019, 09h35

A sustentabilidade já não é um conceito estranho para os investidores portugueses, que cada vez mais têm em conta os critérios Ambiente, Social e Governança (ASG) aquando da decisão de investimento. Um estudo da gestora Allianz Global Investors, apresentado esta terça-feira, revela que 92% dos investidores portugueses está interessado em temas relacionados com a sustentabilidade e 87% assume que investiria provavelmente/defintivamente em fundos com objetivos de desenvolvimento sustentável.

O estudo, que abrangeu investidores da Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido, coloca Portugal a liderar o ranking dos países europeus nos quais os clientes estão mais atentos e preocupados com investimentos sustentáveis, seguido por Itália e Espanha.

A Allianz GI explica que 64% dos investidores inquiridos em Portugal espera que o investimento sustentável tenha um impacto positivo na rentabilidade. No entanto, além deste fator, a pesar na decisão sobre o investimento em produtos sustentáveis, 30% dos investidores portugueses diz esperar que as empresas “melhorem as suas políticas nesse campo”, enquanto 27% acredita que “o seu dinheiro ajuda realmente a mudar o mundo”.

“Há já algum tempo que está a germinar um interesse forte e crescente por investimentos sustentáveis na Europa e, mais especificamente, em Portugal, Itália e Espanha”, refere Isabel Reuss, diretora global de análise ISR deAllianz Global Investors, em comunicado. “Existem diferentes opções de investimento nesse campo para atender aos interesses dos diversos segmentos de clientes e a maioria dos clientes não associa investimentos sustentáveis a rendimentos mais baixos. Apesar disso, há ainda muito a ser feito nesta área e os consultores financeiros têm em geral ainda alguma relutância em recomendar este tipo de produtos”.

A gestora aponta ainda que “a água limpa (99%), a saúde(99%), a educação (98%)e os salários justos (98%) são as áreas que mais interessam aos investidores portugueses, seguidas da luta contra a corrupção(97%), dos direitos humanos e sociais(97%) e o combate às alterações climáticas(97%)”.

“Embora também muito importantes, as questões da diversidade e da habitação social são os aspetos menos valorizados”, realça.

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