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Norte-americanos mais descrentes com o futuro

A Gallup coloca esta pergunta aos americanos desde 1979 e as maiores amplitudes verificaram-se em períodos de crise económica.
20 Abril 2025, 14h02

É preciso recuar a 2001 para encontrar um valor tão baixo. No estudo da consultora Gallup, que pergunta aos cidadãos norte-americanos se estão “muito satisfeitos” ou “muito insatisfeitos” com a sua vida pessoal, apenas 44% dos inquiridos respondeu positivamente à primeira opção, o resultado mais desnivelado em duas décadas.

A tendência decrescente mantém-se desde janeiro de 2020, quando o índice atingiu o pico de 65%. Estes dados fazem parte do estudo anual “Mood of the Nation” da Gallup, realizado entre 2 e 15 de janeiro, durante as últimas semanas do mandato do presidente Joe Biden.

A Gallup coloca esta pergunta aos americanos desde 1979 e as maiores amplitudes verificaram-se em períodos de crise económica: por exemplo, em 2007/2008, quando o país ainda recuperava da crise financeira internacional, precipitada pela falência do tradicional banco de investimento Lehman Brothers, o índice fixou-se em 47%.

No entanto, sublinha a Gallup, a satisfação pessoal continua mais alta do que a satisfação com os EUA. Essa dicotomia — em que os americanos avaliam melhor a sua própria situação do que a do país — é vista em pesquisas sobre vários temas, como a criminalidade, a saúde, a educação e a economia/finanças pessoais. Dado que Donald Trump voltou à Casa Branca, a história sugere que a satisfação dos republicanos com a sua própria vida e com os EUA deverá melhorar, enquanto a dos democratas tende a piorar.

Seja a Economia ou a vitória de Donald Trump a influenciar os resultados, o que sabemos é que muitos milionários da maior economia do mundo admitiram estar a investir em países que lhes garantissem uma segunda nacionalidade ou autorização de residência permanente. E Portugal aparece na linha da frente desta tendência. Os cidadãos de origem norte-americana já são aqueles que mais imóveis compram em Lisboa: se em 2019 estavam em quinto lugar no ranking, em 2023 ascenderam à primeira posição, uma tendência que se confirmou em 2024, de acordo com os dados mais recentes do site Confidencial Imobiliário.

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