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Crédito à habitação cresce 5,4% em março: é a maior variação anual desde 2008

O Banco de Portugal publica hoje as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para março de 2025. Nelas verifica-se que em março, os empréstimos para habitação cresceram 5,4% em relação ao mesmo mês de 2024. É a maior taxa de variação anual desde setembro de 2008.
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29 Abril 2025, 12h24

O Banco de Portugal publica hoje as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para março de 2025. Nelas verifica-se que em março, os empréstimos para habitação cresceram 5,4% em relação ao mesmo mês de 2024. É a maior taxa de variação anual desde setembro de 2008.

O stock de empréstimos para habitação aumentou 908 milhões de euros relativamente a fevereiro, totalizando 104,4 mil milhões de euros no final de março. Em comparação com o mês homólogo, manteve-se a trajetória de aceleração, pois o crescimento foi de 5,4%, o mais elevado desde setembro de 2008. No final de março, havia 1,96 milhões de devedores de crédito à habitação, mais 2.476 mutuários do que no mês anterior.

Em março de 2025, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 5,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 218 milhões de euros relativamente a fevereiro, para 30,8 mil milhões de euros. O crescimento em relação ao período homólogo foi de 7,1%, superando o do mês anterior. A finalidade de consumo apresentou uma taxa de variação anual de 7,3% (7,0% em fevereiro) e os empréstimos para outros fins voltaram a registar o maior crescimento anual desde julho de 2008 (6,6%).

Considerando os detalhes adicionais apurados para o crédito ao consumo e outros fins, verifica-se que, no final de março, o stock de empréstimos para crédito pessoal totalizava 12,8 mil milhões de euros, mais 115 milhões do que em fevereiro, correspondendo a um crescimento de 7,6% relativamente ao mês homólogo.

O BdP detalha que o crédito automóvel fixou-se em 8,5 mil milhões de euros, mais 69 milhões de euros do que em fevereiro, e apresentou uma taxa de variação anual de 10,1%.

Os cartões de crédito atingiram 3,2 mil milhões de euros, mais 28 milhões de euros do que em fevereiro, e registaram uma taxa de variação anual de 9,1% (8,1% em fevereiro).

Já o crédito a empresas cresceu 1,4% em março, a maior taxa de variação anual desde agosto de 2022.

O banco central detalha que o stock de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas totalizava 72,7 mil milhões de euros no final de março de 2025, mais 65 milhões do que no final de fevereiro. O crescimento relativamente ao período homólogo foi de 1,4%, o mais elevado desde agosto de 2022.

As microempresas e as grandes empresas mantiveram taxas de variação anual positivas (9,7%, e 1,1% respetivamente), enquanto as pequenas e médias empresas continuaram a ter taxas negativas (-0,6% e -4,4%, respetivamente).

Por setor de atividade, o setor das indústrias e eletricidade apresentou uma taxa de variação anual de -1,1%, influenciada pela diminuição do crédito às indústrias (-2,7%).

Já no setor do comércio, transportes e alojamento, que registou uma taxa de variação anual de -0,1%, os comportamentos foram diferenciados, com o crédito concedido às empresas de transporte e armazenagem a diminuir 2,7% em relação ao período homólogo, o do alojamento e restauração a crescer 1,7%, e o comércio a manter uma variação nula.

No setor da construção e atividades imobiliárias, a taxa de variação anual foi positiva, de 5,6% (5,8% em fevereiro).

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