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Alexandre Fonseca diz que 2018 foi ano de viragem para a Altice Portugal

CEO da dona do Meo diz que, após sete anos de perda de receita, a empresa voltou a crescer.
29 Março 2019, 09h24

A Altice Portugal conseguiu no ano passado estancar a perda de receitas da ordem dos 30% que se fez sentir entre 2011 e 2017, defenderam esta sexta-feira o CEO e o CFO da dona do Meo, Alexandre Fonseca e Alexandre Matos, num encontro com jornalistas, em Lisboa.

A operadora de telecomunicações apresentou ontem os seus resultados do quarto trimestre de 2018, com as receitas totais a crescerem 0,2% em cadeia, para 526 milhões de euros. Foi o quinto trimestre consecutivo de subida das receitas e, segundo a empresa, este desempenho explica-se com o crescimento da base de clientes, com adições líquidas de 90 mil clientes em 2018 e níveis de rentabilidade na casa dos 42%.

“Estamos novamente a ver crescer a nossa base de clientes e, por consequência, a ver crescer os nossos resultados. No último trimestre, mais de metade do que o mercado cresceu, no fixo e no móvel, veio para a Altice Portugal”, disse Alexandre Fonseca, salientando que o crescimento teve lugar inclusive na voz fixa, área em que teve lugar uma adição líquida de 8,4 mil clientes no último trimestre.

Alexandre Fonseca salientou que, ao mesmo tempo, a Altice conseguiu reduzir a taxa de desligamento de clientes, devido a uma melhoria do serviço prestado. “Há três anos, a concorrência vinha buscar-nos clientes. Agora somos nós que vamos buscar esses clientes e ainda reter os nossos”, acrescentou.

Por sua vez, Alexandre Matos referiu que a empresa está agora a conseguir extrair valor dos clientes que conquistou há um ano. “Quando conquistamos clientes isso tem custos e só ao fim de doze meses é que se começa a fazer sentir nas receitas”, frisou, acrescentando que a empresa não está a conquistar clientes cortando nos preços, mas sim prestando um melhor serviço e mantendo os clientes satisfeitos. Isso terá sustentado a subida das receitas, defendeu.

“Não há turnaround numa empresa destas sem uma inflexão nas receitas de consumo e isto está a acontecer neste momento”, disse o CFO da Altice Portugal.

O custo de angariação de clientes refletiu-se no lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da operadora. No quarto trimestre, o EBITDA caiu 13,8% para 199 milhões de euros.

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