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Livro: “A Noite do Poder. A Traição ao Médio Oriente”

Robert Fisk, grande referência do jornalismo, foi correspondente estrangeiro para o Médio Oriente. Cultivou um imparcial ceticismo face a todas as partes, o que lhe granjeou tanta reputação como inveja e inimigos.
10 Maio 2025, 11h05

“A Noite do Poder. A Traição ao Médio Oriente”, derradeiro livro de Robert Fisk, é a continuação da sua obra mais conhecida, “A Grande Guerra pela Civilização”, cuja publicação pelas Edições 70, com tradução de Miguel Mata, não poderia ser mais oportuna dado o agravar da situação na região, em particular, o conflito israelo-palestiniano e o massacre a que estamos a assistir, impotentes, em Gaza, na Cisjordânia e até no Líbano, em cuja capital viveu.

 

 

A honestidade com que este “historiador do presente” – como lhe chama o colega jornalista Patrick Cockburn no Prefácio – tratava os factos que noticiava, procurando sempre a informação de forma meticulosa e com um imparcial ceticismo relativamente a todas as partes, granjearam-lhe tanta reputação como inveja e inimigos. Desconfiava das fontes oficiais de que tantos jornalistas dependem e tentava confrontá-las no terreno, deslocando-se aos locais e entrevistando testemunhas. Não poupava os seus leitores aos horrores da guerra nem deixava de nomear os seus responsáveis.

Robert Fisk (1946-2020), grande referência do jornalismo, foi correspondente estrangeiro para o Médio Oriente. Escreveu para os jornais britânicos “The Times” e “The Independent” e os seus artigos foram publicados no “La Repubblica”, “El País” ou “Le Monde”, entre outros. Viveu mais de quatro décadas no Médio Oriente, tendo recebido por sete vezes o prémio British International Journalist of the Year e duas vezes o Amnesty International UK Press Award.

Eis a sugestão de leitura desta semana da livraria Palavra de Viajante.

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