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AD “falhou nas áreas essenciais” e Montenegro “faz da mentira prática quotidiana”, acusa Pedro Nuno

Secretário-geral do PS defende que “não há nenhuma razão para o povo renovar a confiança” em Luís Montenegro, que acusa de ter falhado em áreas essenciais e de ter transformado a mentira numa forma de viver”.
José Sena Goulão/lusa
5 Maio 2025, 13h20

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, acusa o Governo de ter falhado “naquilo que é mais essencial”, deixando a “economia a cair”, “o Serviço Nacional de Saúde num caos e num ambiente de grande instabilidade”  e a habitação “muito mais cara” face há um ano”. Além disso, continuou o líder socialista nas declarações aos jornalistas depois do último debate antes das eleições, Luís Montenegro “falhou redondamente na gestão de várias crises, para além de ser o principal fator de instabilidade política em Portugal”.  E por isso, conclui Pedro Nuno Santos, “não há nenhuma razão que possa levar o nosso povo a renovar a confiança numa coligação que falhou nas áreas essenciais”.

O secretário-geral do PS defende que é preciso “iniciar uma nova fase política em Portugal” e enfatizou que o partido que lidera tem, não só pessoas com experiência e competência, como tem as propostas para dar sustento a essa mudança. “Queremos reduzir o custo de vida das nossas famílias, que têm salários baixos, e contas muito altas quando vão ao supermercado, por isso é que uma das nossas propostas é ter IVA zero nos bens essenciais, como a carne e o peixe, mas também reduzir o IVA da eletricidade em todo o consumo para 6% e reduzir o imposto de circulação ou o preço do gás botija”, mencionou.

“Ao mesmo tempo” – prosseguiu Pedro Nuno, recordando as principais bandeiras do PS – “temos que promover o aumento dos salários”.  “Temos uma meta ambiciosa para o aumento do salário mínimo em Portugal para chegar a 1.110 euros na próxima legislatura e também para o salário médio, 2 mil euros, e sobretudo aumentar as nossas pensões”. Aqui, o secretário-geral do PS atirou que este ano as pensões aumentaram  “porque o PS apresentou uma proposta para as aumentar que teve o voto contra da AD”. Ora, para além de cumprir a lei de atualização das pensões, o PS fará “sempre que possível” aumentos extraordinários, prometeu.

Além destas propostas, o líder socialista vincou a necessidade de “continuar a proteger o SNS” e “não deixar que o privatizem como tentou a AD ao longo do último ano”, assim como na Segurança Social, protegendo o sistema público de pensões da “tentação da AD” de entregar parte ao mercado de capitais.

Questionado sobre a acusação de Montenegro sobre o re-styling de Pedro Nuno, o líder do PS repetiu alguns argumentos, assinalando que Luís Montenegro devia ter aproveitado o último debate antes das eleições “para pedir desculpa aos portugueses” por várias questões: “pelo facto de nos ter deixado uma economia a cair”; “pela gestão negligente e irresponsável do INEM que levou a 11 mortes”; “a todas as mulheres, que agora em número muito maior do que no passado, têm partos em ambulâncias”; “a todos os jovens que, por todas as medidas que tomou, estão ainda mais longe de comprar casa” e, por fim, “pela forma irresponsável como misturou negócios e política” numa alusão ao caso que conduziu o país a eleições antecipadas – a Spinumviva.

Pedro Nuno Santos garantiu ainda ser “sempre o mesmo”, mesmo quando as “circunstâncias” façam com que, em determinados momentos, “possamos ser mais ou menos combativos”. “Sou sempre a mesma pessoa. Sou um político transparente, transparente em toda a linha, ao contrário de Luís Montenegro que, ao longo da sua vida política, transformou a mentira numa forma de viver, a enganar os portugueses, essa característica é dele. sou transparente, sou genuíno, coisa que Montenegro não é, é alguém que faz da mentira uma prática quotidiana”, acusou.

 

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