O grupo Jerónimo Martins, que detém o Pingo Doce e a Biedronka entre outros, registou um resultado líquido atinge de 127 milhões de euros no primeiro trimestre, a subirem 31,4% face ao período homólogo, , ou 6,1% ou abaixo se excluídos os outros ganhos e perdas de natureza não recorrente. O grupo liderado por Pedro Soares dos Santos refere que esta rubrica “incluiu os 40 milhões de euros da dotação inicial da Fundação Jerónimo Martins”.
Em destaque ainda o facto de a cadeia de supermercados e hipermercados ter tido vendas a crescerem 3,8% para 8,4 mil milhões de euros (+1,9%, a taxas de câmbio constantes), apesar da ausência da Páscoa. Já o EBITDA sobe 3,8% para 528 milhões (+1,2% a taxas de câmbio constantes), com a respetiva margem a fixar-se nos 6,3%, em linha com a registada no 1º trimestre de 2024.
Destaque ainda para o cash flow que, impactado pela sazonalidade do negócio e pelo calendário, no primeiro trimestre ascendeu a um valor negativo de 398 milhões de euros.
“Em março foram abertas as primeiras quatro lojas Biedronka na Eslováquia bem como um centro de distribuição para dar suporte à operação. A Companhia estará agora focada em recolher as reações iniciais do consumidor à proposta de valor”, lê-se no comunicado.
No final de março, o balanço do Grupo apresentava uma posição líquida de caixa (excluindo a IFRS 16 de 332 milhões de euros.
“A Dívida Líquida situa-se nos 3,6 mil milhões. Excluindo a IFRS 16, o Grupo apresenta uma posição líquida de caixa de 332 milhões de euros no final de março”, refere o grupo.
Na Assembleia Geral do Grupo foi decidido distribuir um dividendo de 0,59 euros por ação (valor bruto), num valor total de 370,8 milhões de euros, que
será pago a 15 de maio. Os acionistas aprovaram ainda a afetação de 40 milhões de euros dos resultados de 2024 à Fundação Jerónimo Martins.
“Atentos ao desenvolvimento das dinâmicas de consumo e da concorrência, manteremos o foco no crescimento sustentável, defendendo as nossas bases de clientes, executando o nosso ambicioso plano de expansão, e respondendo aos desafios ambientais e sociais que enfrentamos num contexto particularmente volátil”, refere o CEO Pedro Soares dos Santos.
Fora de Portugal, a Jerónimo Martins tem a cadeia polaca Biedronka. “No ano em que celebra os seus 30 anos, a Biedronka prosseguiu uma dinâmica comercial
forte e as vendas cresceram 3,4% para 5,9 mil milhões de euros (+0,3% em moeda local). O LFL (like-for-like) de -3,5% foi arrastado para território negativo pelo significativo efeito de calendário e pela exigente base de comparação que o 1T 24 constituía, dado o extraordinário crescimento de volumes que a Biedronka então entregou”, refere o comunicado.
A Companhia, que reforçou a disciplina de custos, beneficiou, neste primeiro trimestre, de um mix de margem favorável quando comparado com o mesmo período do ano anterior, compensando o impacto do LFL negativo e da subida dos salários na margem EBITDA.
Assim, o EBITDA da Biedronka atingiu 461 milhões de euros, 3,9% acima do 1T 24 (+0,7% em moeda local) com a respetiva margem a cifrar-se em 7,7%, em linha com igual período do ano anterior.
Outra marca fora de Portugal é a Hebe que abriu quatro lojas no mercado polaco e uma na República Checa, terminando o período com um total de 380 lojas na Polónia, quatro na República Checa e duas na Eslováquia.
A Hebe cresceu 8,5% as suas vendas (em moeda local), com o LFL a fixar-se em 1,9%. Em euros, as vendas atingiram 145 milhões, 11,9% acima do 1º trimestre de 2024.vImpactado pelo reforço do investimento em preço, traduzido numa deflação interna acentuada, o EBITDA foi de 3 milhões de euros, 57,4% abaixo do ano anterior (-58,7% em moeda local). A margem EBITDA foi de 2% (5,4% um ano antes).
Por cá, o Pingo Doce manteve a sua intensa atividade promocional e, apesar do impacto negativo de calendário, cresceu as vendas em 2,8% para 1,2 mil milhões de euros, com um LFL de 1,1% (excluindo combustível).
Já as vendas da Recheio caíram 0,4% para 302 milhões de euros, com um LFL de -0,5%.
Na Colômbia, a Ara, através de promoções frequentes, continuou a apostar numa estratégia comercial de geração de importantes oportunidades de poupança para as famílias colombianas.
Em moeda local, as vendas cresceram 13%, com um LFL de 3%. Em euros, as vendas atingiram 775 milhões no ano, 9,1% acima de do trimestre homólogo.
A insígnia adicionou nove novas lojas ao seu parque, que, no final de março, contava com 1.447 localizações.
O EBITDA foi de 27 milhões de euros, 50,1% acima do 1T 24 (+55,5% em moeda local), com a respetiva margem a situar-se nos 3,5% (2,5% no 1T 24). A melhoria da margem beneficiou do trabalho executado em 2024 para proteger a margem bruta e controlar os custos.
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