As principais bolsas europeias registaram ganhos pouco expressiva na última sessão da semana passada. Numa semana marcada pela época de resultados e pela decisão da Fed de manter as taxas de juro, os mercados encerraram com os olhos na guerra comercial que opõe Estados Unidos e China.
Itália liderou os ganhos, ao subir 1,00%, ao passo que França e Alemanha somaram 0,64%. Esta última atingiu um máximo histórico. Acrescem subidas de 0,54% em Espanha e 0,25% no Reino Unido, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 se adiantou 0,42%.
Foram vários os gigantes empresariais que apresentaram os resultados do primeiro trimestre. Na quinta-feira, foi conhecida a decisão da Reserva Federal de deixar inalteradas as taxas de juro de referência, apesar da insistência de Donald Trump, presidente dos EUA, num corte imediato a este respeito. Ainda no âmbito do comércio internacional, os EUA anunciaram um acordo com o Reino Unido, que faz aliviar as tensões.
O sentimento positivo geral reflete um ânimo modesto, que pode estar associado às negociações comerciais entre Estados Unidos da América e China, que tiveram início neste fim de semana. As duas maiores economias do mundo procuram um entendimento de forma a que se reduza o clima de tensão, marcado pela subida das tarifas às importações, de parte a parte.
Em Lisboa, o índice PSI contrariou os leves ganhos registados nas principais praças europeias, na sexta-feira. A descida decorre sobretudo da desvalorização de 11,92% na capitalização dos CTT, em função da reação dos mercados ao tombo homólogo de 25,9% nos lucros, até aos 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre. As ações fixaram-se nos 6,80 euros, o que significa mínimos de meados de abril.
Seguiram-se descidas de 1,84% para 3,302 euros na Navigator, na sequência também de um decréscimo no que diz respeito ao resultado líquido referente ao primeiro trimestre, na ordem de 24,6%, face ao mesmo período de 2024, até aos 48 milhões de euros. A Jerónimo Martins contraiu 1,15%, até aos 22,32 euros e o BCP recuou 1,01% e ficou-se pelos 0,5896 euros.
Em sentido oposto, o grupo EDP esteve em destaque pelos melhores motivos, depois de ambas as cotadas apresentarem os resultados até março. Na EDP Renováveis, o lucro recuou 24% para 52 milhões de euros, ao passo que a EDP seguiu o caminho inverso, com um acréscimo de 21% para 428 milhões de euros. Em reflexo, os títulos da EDPR subiram 1,60% até aos 8,23 euros, ao passo que a casa-forte se adiantou 2,26% para 3,264 euros.
Ainda em alta, a Mota-Engil adiantou-se 1,84% e terminou o dia nos 3,986 euros, ao passo que a Galp derrapou 1,31% para 13,93 euros.
A aparente maior estabilidade no plano macro gerou um maior apetite por ativos de risco, o que fez desta uma semana especialmente positiva entre os criptomercados. Quando terminou a sessão de segunda-feira entre os mercados europeus, a Bitcoin valorizava mais de 1% e estava a ser negociada acima dos 102 mil dólares, uma barreira que não superava desde o início de fevereiro.
No caso do Ethereum (segunda criptomoeda com maior capitalização), registava-se um acréscimo acima de 5%, ao passo que a valorização no total da semana se aproximava de 26%.
Esta segunda-feira, não há dados macro de grande peso a caminho. Nesse sentido, as novidades do fim de semana sobre as negociações entre Estados Unidos e China deverão estar sob os holofotes. Em termos de resultados, destaque para a apresentação da petrolífera brasileira Petrobras.
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