O ex-secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa afirmou hoje que o partido fez mais do que a sua parte para um diálogo à esquerda, considerando que é necessário criar uma alternativa política num quadro que é complexo.
“Nós fizemos mais do que a nossa parte”, disse Jerónimo de Sousa, quando questionado pelos jornalistas sobre se o partido deveria ter assumido um maior diálogo com as restantes forças de esquerda, antes do arranque do comício de hoje no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
Para o futuro, o antigo secretário-geral do PCP acredita que primeiro será necessário constituir “a alternativa política, naturalmente, num quadro muito complexo”, face à situação que se vive no país.
“Mas esta confiança inabalável não é discurso de comício, não é discurso de circunstância. É convicção profunda que isto não há de ser sempre assim e que, um dia, haveremos de ter um país melhor na luta pela democracia, na luta por mais salários, mais direitos. Se fizermos isso, já ganhámos a batalha”, afirmou.
Questionado sobre a atual liderança, Jerónimo de Sousa disse que “Paulo Raimundo é uma surpresa extraordinária”, recordando “aqueles preocupados” com a escolha, que anteciparam uma derrota do partido.
“Esta CDU faz falta a Portugal e é isto que estamos a tentar fazer, a afirmar. Naturalmente, isto não será uma reta, um caminho sem obstáculos”, disse o antigo líder comunista, que reafirmou por diversas vezes nas declarações aos jornalistas uma confiança no futuro, acreditando que “vale a pena continuar a persistir”.
Para Jerónimo de Sousa, o PCP está com “uma vontade muito grande de não virar a cara à luta, de não baixar a bandeira, de não fugir às dificuldades”.
Um partido com mais de 100 anos de história está “disposto a continuar a luta”, notou, vincando que o PCP está “na luta com coragem, com determinação, independentemente das dificuldades”.
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