A bolsa de Lisboa acompanha o sentimento positivo que se observa entre os mercados de capitais da Europa, no meio da sessão desta segunda-feira. O índice PSI adianta-se 0,58% até aos 7.028 pontos, impulsionado sobretudo por BCP, Galp.
O único banco cotado no índice de referência está a ganhar 2,58% até aos 0,6048 euros por ação, na sequência de a respetiva divisão na Polónia apresentar as contas do primeiro trimestre. Ao mesmo tempo, a Galp soma 2,84% para 14,32 euros, a beneficiar das subidas expressivas nas negociações dos futuros de petróleo.
O maior incremento, ainda assim, é protagonizado pela Navigator, na ordem de 3,15%, até ao 3,406 euros. Ao mesmo tempo, a Semapa adianta-se 1,52% até aos 17,50 euros, enquanto a Corticeira Amorim está também a subir 1,52% para 7,99 euros.
Em terreno negativo, o destaque vai para a REN, que tomba 2,76% e os títulos ficam-se pelos 2,64 euros, ao passo que a Jerónimo Martins sofre um corte de 0,81% até aos 22,14 euros.
Entre as principais praças europeias, há ganhos de 1,77% em Itália, 1,33% em França, 0,73% na Alemanha, 0,52% em Espanha e 0,42% no Reino Unido.
No que diz respeito ao mercado de futuros, o Brent avança 3,38% para 66,07 dólares por barril, ao passo que o crude salta 3,69% até aos 63,27 dólares por barril.
De acordo com a análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking, “as bolsas europeias seguem em ambiente de celebração esta segunda-feira, perante o acordo entre os EUA e a China para reduzirem temporariamente as tarifas sobre os produtos importados um do outro”, salienta-se.
“A medida acalma as tensões comerciais e dá às duas maiores economias do mundo mais três meses para resolverem as suas diferenças. Setores de consumo, automóvel, recursos naturais e tecnológico são os potencialmente mais beneficiados pelas notícias e por isso não admira que sejam os que mais valorizam. Empresas de bens de luxo, como LVMH e Kering, muito expostas à China, também celebram o anúncio”, adiantam os analistas.
“O PSI acompanha o ambiente com Navigator e BCP em grande plano. O banco liderado por Miguel Maya ultrapassa os 60 cêntimos por ação, depois da sua unidade polaca ter reportado um aumento de 40% nos lucros do primeiro trimestre”, acrescenta-se. Ao mesmo tempo, “a Galp é impulsionada pela subida dos preços do petróleo”.
“Em sentido inverso, EDP, EDP Renováveis e REN sentiam a pressão negativa do setor”, aponta-se.
“No exterior de notar a valorização histórica da AP Moller-Maersk em reação a contas, bem como o ânimo das empresas ligadas à indústria de semicondutores, que conta com nomes como a ASML”, finalizam os analistas.
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