O Governo estima uma recuperação da economia portuguesa neste trimestre, apesar do apagão, e continua a prever que o Produto Interno Bruto (PIB) avance mais de 2% este ano.
“Esperamos recuperar nestes três trimestres. Os indicadores estão a mostrar que, apesar de algum impacto que o apagão teve, houve uma recuperação. Também tivemos a Páscoa este ano no segundo trimestre e não no primeiro trimestre e isso tem alguns efeitos com vista do consumo e do turismo e, portanto, esperamos ter um crescimento económico acima de 2% este ano”, declarou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.
Falando à entrada para a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, o governante explicou que o primeiro trimestre deste ano foi, “de certa maneira, uma normalização daquilo que foi um quarto trimestre excecionalmente positivo”, mas, ainda assim, o executivo mantém uma previsão de “crescimento acima de 2%, nomeadamente os 2,4% apresentados no relatório de avaliação de progresso”.
“Neste momento não há nenhuma informação que obrigue a qualquer revisão e, portanto, mantemos a previsão dos 2,4%”, reforçou Joaquim Miranda Sarmento.
“Relativamente ao crescimento, é preciso notar que o quarto trimestre do ano passado foi o trimestre com maior crescimento em cadeia desde a entrada na zona euro, se excluirmos o período da pandemia, em que o PIB oscilou muito por quebras muito significativas e depois recuperações relativamente rápidas”, elencou.
Além disso, no que toca ao saldo orçamental, “continuamos a prever, em termos de contas públicas, um excedente de 0,3% do PIB este ano e 2025, e um excedente de 0,1% do PIB no ano de 2026”.
“Vamos continuar a ter excedente nos próximos anos”, assegurou.
As declarações surgem antes de, na próxima sexta-feira, a Comissão Europeia divulgar as previsões económicas de primavera e a expectativa de Joaquim Miranda Sarmento é que o executivo comunitário esteja “confortável” com as projeções do Governo português.
As previsões macroeconómicas da Comissão Europeia devem ser influenciadas pelas políticas protecionistas dos Estados Unidos devido à imposição de tarifas elevadas à UE, o que tem desencadeado tensões comerciais e instabilidade nos mercados financeiros e receios de desaceleração económica e inflação persistente.
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