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Portugal cai cinco lugares no Índice de Qualidade das Elites e iguala pior resultado de sempre

No EQx2025, Portugal é 30.º entre 151. Este resultado reflete, segundo a Faculdade de Economia do Porto, responsável pela análise, perda de influência económica e fragilidades estruturais. O índice é liderado por Singapura.
desemprego
13 Maio 2025, 07h00

De mal a pior. Portugal tem, em 2025, a maior descida no Índice de Qualidade das Elites (EQx2025) desde a criação deste indicador em 2020. O país cai cinco lugares, face ao ano passado, e é 30.º entre 151 países, igualando os seus piores registos de 2021 e 2023. 

O índice é produzido pela Universidade de St. Gallen, na Suíça, em parceria com instituições congéneres de outros países. Em Portugal é a Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). A Escola liderada por Óscar Afonso, confirma a tendência de deterioração das elites que se acentua desde a pré-pandemia e reflete “perdas significativas na capacidade de geração de valor económico superiores aos ganhos no valor político e, em particular, no poder político e económico, ainda que este último tenha sido bastante penalizado nesta edição”.

O desempenho português no EQx2025 explica-se sobretudo pela evolução negativa no sub-índice de poder, em especial no que respeita ao poder económico das elites. De salientar um recuo expressivo no pilar “destruição criativa” – que avalia a renovação dinâmica do tecido económico –, devido à introdução de dois novos indicadores relativos ao investimento privado em inteligência artificial (IA), uma área em que Portugal surge mal colocado. Tal revela dificuldades na captação de investimento em tecnologias cruciais para a inovação.

O EQx baseia-se na teoria da elite do desenvolvimento económico, em que as elites são definidas como os modelos empresariais dominantes na economia política das nações. O índice, principal ranking global de economia política, avalia se as elites de cada país criam valor líquido para a sociedade, significando que há mais para distribuir, ou o extraem em benefício próprio, em detrimento da população.

A edição de 2025 analisou 151 países, tendo em consideração 149 indicadores agrupados em quatro grandes dimensões: poder económico, poder político, valor económico e valor político.

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