A AD (PSD/CDS) domina nos concelhos com menor poder de compra em Portugal. A coligação de centro-direita foi o partido mais votado nos 10 concelhos portugueses (Baião, Celorico de Basto, Vimioso, Vinhais, Valpaços, Penamacor, Nordeste (Açores), e Porto Moniz, Ponta do Sol e Câmara de Lobos (estes 3 na Madeira)) onde o PIB per capita é menor no país, segundo o INE.
A AD manteve a liderança em oito destes 10 concelhos e conseguiu roubar Baião, no distrito do Porto, e Penamacor, em Castelo Branco, ao PS.
Em 9 destes 10 concelhos, a AD obteve mesmo votações superiores a 40%, à exceção de Penamacor. Em dois deles, obteve votações acima de 50%: Valpaços, Vila Real (56%), e Ponta do Sol, na Madeira (45%).
O PS surge 7 vezes na segunda posição (Baião, Celorico de Basto, Vimioso, Vinhais, Penamacor, Nordeste e Porto Moniz), enquanto o Chega aparece 3 vezes na segunda posição (Ponta do Sol, Câmara de Lobos e Valpaços).
Olhando para os concelhos com mais crimes registados por cada 100 habitantes (incluindo todo o tipo de crimes, numa compilação feita pela plataforma “Criminalidade em Portugal”), o Chega foi o partido mais votado em 6 concelhos (Albufeira, Loulé, Sines, Lagoa, Portimão e Silves), apenas mais 1 em relação às eleições de 2024 (Sines).
Já a AD domina em dois dos concelhos com mais crime no país (Porto e Lisboa), enquanto o PS ficou com duas destas câmaras (Grândola e Alcácer do Sal).
A AD surge 5 vezes na segunda posição, com o PS a surgir em segundo por 3 vezes e o Chega duas vezes.
Analisando os concelhos onde os imigrantes mais pesam na população em Portugal, segundo os dados do Banco de Portugal, o Chega venceu em 7 destes 10 concelhos: Odemira, Ferreira do Alentejo, Almeirim, Albufeira, Aljezur, Vila do Bispo e Loulé.
Já a AD obteve vitórias em Cinfães, Odivelas e Tavira. Há um ano, o PS venceu 8 destes concelhos. Agora, a AD roubou Tavira, Cinfães e Odivelas ao PS. O Chega arrebatou ao PS Odemira, Ferreira do Alentejo, Almeirim, Aljezur e Vila do Bispo.
O PS surge seis vezes na segunda posição, a AD por 3 vezes e o Chega uma vez.
PS perdeu 49 mil votos nos concelhos mais ricos do país, Chega conquistou 31 mil
O PS perdeu quase 49 mil votos nos concelhos mais ricos do país nas legislativas (segundo os dados do GPEARI – Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais – Ministério das Finanças), com o Chega a conquistar mais de 31 mil.
Este é o saldo das eleições antecipadas, que culminaram com a hecatombe do PS e a subida do Chega: ambos os partidos contam com 58 deputados, e ainda falta apurar 4 dos círculos de emigração.
Já a AD perdeu quase 8 mil votos em alguns destes concelhos, mas conquistou 6.500 noutros, resultando num saldo negativo de 1.500.
No concelho de Lisboa, a AD manteve a liderança com 32%, mas perdeu 6 mil votos. O PS perdeu 3 pontos e 12 mil votos. O Chega ganhou 3 pontos e conquistou mais 7 mil votos.
Entre os partidos menores, o Livre subiu 1 ponto e mais 4 mil votos. A IL também ganhou um ponto e 5 mil votos. O PCP ultrapassou o Bloco e conquistou 4% dos votos, em linha com os resultados anteriores. Já o BE recuou 2 pontos e perdeu 8 mil votos. O PAN manteve os 2%, apesar de ter perdido 1.600 votos.
No concelho de Oeiras, a AD manteve a liderança com 33%, com o PS a manter-se em segundo lugar, mas com menos 3 pontos e menos 3 mil votos. O Chega manteve a terceira posição e ganhou mais de 1.500 votos. A IL continua na quarta posição, com mais 2 pontos, ganhando mais de 1.500 votos.
O Livre ganhou mais 1 ponto (8%) e mais 1.300 votos. O PCP superou o BE, mantendo os 3%, enquanto os bloquistas recuaram 3 pontos e perderam 2.700 votos. O PAN perdeu 1 ponto, ficando com 2%.
No concelho de Cascais, a AD manteve a liderança com 34%, apesar de ter recuado mil votos. O PS manteve a segunda posição, mas perdeu 3 pontos, ficando com 20% e recuando mais de 4 mil votos. O Chega subiu 3 pontos e ganhou 2.400 votos.
Novamente na quarta posição, a IL subiu mais de um ponto para 9% e ganhou 1.300 votos.
O PCP-PEV ultrapassou o Bloco entre os mais votados, apesar de ter perdido votos. Seguem-se o PAN e o BE, ambos abaixo dos 2%.
No concelho de Sintra, o Chega conquistou a terra natal de André Ventura, subindo 5 pontos para 26% e arrebatando mais 8 mil votos.
A AD manteve a segunda posição, subindo 2 pontos e com mais 3 mil votos, totalizando mais de 50 mil. O PS afundou da primeira para a terceira posição, com menos 5 pontos e menos 12 mil votos.
A IL manteve-se nos 6%, com mais 600 votos, enquanto o Livre subiu mais de 1 ponto. Seguem-se PCP, Bloco de Esquerda e PAN.
Fora da Grande Lisboa, mais a norte, no Porto, a AD manteve a sua liderança, subindo 1 ponto para 35%, mantendo-se na casa dos 48 mil votos. O PS manteve a segunda posição na cidade invicta, mas perdeu 8 mil votos, recuando 5 pontos.
O Chega subiu 4 pontos e conquistou mais de 5 mil votos. A IL manteve a quarta posição, ganhando mais de 1 ponto e mais 1.500 votos. O Livre subiu mais de 1 ponto, com mais 2 mil votos. O PCP também subiu e ultrapassou o Bloco, com 4%, enquanto os bloquistas tiveram 3% e o PAN ficou abaixo dos 2%.
Ali ao lado, em Matosinhos, a AD conquistou este concelho ribeirinho. A coligação de Luís Montenegro ganhou mais de 1.300 votos, totalizando quase 33 mil e ficando com 31%. O PS recuou 6 pontos e perdeu seis votos. Já o Chega manteve a terceira posição, com mais 5 pontos e quase mais 5 mil votos.
A IL surge na quarta posição com 7%, seguida do Livre com 5%. PCP, Bloco e PAN ficaram abaixo dos 3% cada um.
No extremo sul do país, o Chega manteve e reforçou a liderança em Loulé: mais 6 pontos para 34% e quase mais 2 mil votos. A AD manteve a segunda posição, mas também reforçou: mais 4 pontos para 29% e mais mil votos.
O PS voltou a ficar na terceira posição, mas perdeu 5 pontos e dois mil votos. A IL voltou a surgir na quarta posição, com 4%, seguida do Livre com 3%. Bloco, ADN, PAN e PCP fecharam a lista.
Nos concelhos mais ricos do país, a AD lidera em 5 (Lisboa, Oeiras, Cascais, Porto e Matosinhos), com o Chega a liderar em Sintra e Loulé.
O Chega roubou Sintra ao PS em comparação com 2024, com os socialistas a perderem também Matosinhos, mas para a AD.
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