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Ordens de bolsa recebidas aumentaram 7,6% no trimestre com maior peso dos investidores residentes

A CMVM apresentou os destaques do primeiro trimestre de 2025 da atividade de intermediação financeira, nomeadamente dados sobre a receção e execução de ordens por conta de outrem, negociação por conta própria, bem como o registo e depósito de valores mobiliários por conta de outrem e por conta própria.
27 Maio 2025, 16h35

A CMVM apresentou os destaques do primeiro trimestre de 2025 da atividade de intermediação financeira, nomeadamente dados sobre a receção e execução de ordens por conta de outrem, negociação por conta própria, bem como o registo e depósito de valores mobiliários por conta de outrem e por conta própria.

A comissão ressalva que no primeiro trimestre de 2025, o número de intermediários financeiros a rececionar ordens por conta de outrem manteve‑se em 46, tal como no último trimestre de 2024.

Existem dois mercado, o à vista, ou Mercado a Contado, e o Mercado a Prazo. Posto isto, no mercado a contado, as ordens rececionadas (ordens de bolsa recebidas) subiram 7,6% no trimestre, para cerca de 98.572,7 milhões de euros. Já face ao 4ºtrimestre 2024, as ordens recebidas em ações, dívida pública, dívida privada, unidades de participação em OIC (fundos de investimento) e unidades de participação em fundos admitidas foram as que aumentaram contrastando com as diminuições nas ordens recebidas em papel comercial e outros valores mobiliários.

O crescimento, no trimestre, das ordens rececionadas foi mais notório nos investidores residentes, o que contribui para o aumento do respetivo peso no total (i.e. passou de 16,1% para 19%).

Ainda no lado das ordens de bolsa recebidas, no mercado a prazo, no trimestre houve uma diminuição nas ordens rececionadas de 21,2%, para cerca de 558.457,3 milhões de euros.

Tal como no trimestre anterior, a maioria das ordens ocorreu sobre forwards (apesar da diminuição de 26,3% no trimestre), versaram as taxas de câmbio como ativo subjacente (83,8% do total) e foram transmitidas por investidores profissionais não residentes (92,4% do total). Os mercados internacionais continuaram a ser o principal mercado de execução: (72% do total) seguidos da “internalização” (27,5% do total).

Agora olhando só para as ordens de bolsa por conta de outrem (através de um intermediário) que foram mesmo executadas. Aqui no  mercado a contado houve um aumento nas ordens executadas de 7,8% no trimestre, para quase 90.638 milhões de euros. Destaca-se o crescimento de 95% nas ordens executadas sobre dívida privada face ao 4º trimestre do ano anterior, o que resultou num aumento do peso destes instrumentos financeiros de 4,8% para 8,6% do total (as ordens em dívida pública continuam a ser as preferidas atingindo 87,1% do total).

A CMVM revela ainda que as ordens executadas em mercados nacionais e fora de mercado foram as únicas que diminuíram no trimestre, tendo as ordens executadas via “internalização” apresentado o maior crescimento no trimestre.

No mercado a prazo, deu-se uma diminuição nas ordens executadas de 21% no trimestre, para cerca de 548.680 milhões de euros. As transações executadas em opções e CFD foram as únicas que registaram aumentos (respetivamente, 28,7% e 27,9%), em contraste com as quebras nas ordens em futuros, forwards, swaps e outros derivados. Já as ordens relativas a derivados sobre taxas de câmbio continuaram (tal como no 4º trimestre 2024) a ser as preferidas no 1ºtrimestre 2025 pelos investidores.

As ordens continuaram, apesar da diminuição de 26% no trimestre, a ser essencialmente executadas em mercados internacionais (72,6% do total).

Agora nas ordens de bolsa para a própria carteira. Aqui o número de intermediários financeiros aumentou de 27 para 28 face ao trimestre homólogo de 2024.

No mercado à vista deu-se um crescimento nas ordens executadas de 29,7% no trimestre, para cerca de 80 704,7 milhões de euros. Já face ao 4º trimestre de 2024, as ações e as unidades de participação em fundos de investimento foram os únicos instrumentos financeiros a diminuir na negociação por conta própria, contrastando com os aumentos em dívida pública, dívida privada, papel comercial, unidades de participação em OICs (fundos de investimento) admitidas e outros valores mobiliários.

No Mercado a Prazo, nas ordens para carteira própria, houve uma diminuição no valor das transações de 2,8% no trimestre, para cerca de 368.063 milhões de euros.

A negociação em swaps continuou a apresentar o peso trimestral mais significativo (75,1%) refletindo o aumento de 31,3% no trimestre.

Os subjacentes com maior peso continuaram a ser, tal como no 4º trimestre de 2024, as taxas de juro (58,1%) e as taxas de câmbio (33,6%).

Registo e depósito de valores mobiliários por conta de outrem

Deu-se uma diminuição no montante sob registo e depósito conta de outrem de 2,6% no trimestre, para cerca de 259.744,2 milhões de euros. A quota de mercado dos quatro maiores custodiantes diminui de 72,2% para 70,8% no trimestre.

Registo e Depósito de Valores Mobiliários por Conta Própria

Houve um aumento no montante sob registo e depósito por conta própria de 15,6% no trimestre, para cerca de 310 263,3 milhões de euros.
A quota de mercado dos quatro maiores custodiantes diminuiu de 79,4% para 77,8%.

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