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Alemanha retoma ambições europeias de taxar gigantes tecnológicas

As donas da Google e do Instagram podem ser alvo de tarifas de 10% por parte da maior economia europeia, em virtude da guerra comercial em curso. A possibilidade faz crescer as tensões entre EUA e UE, quando falta pouco mais de um mês para terminar a pausa decretada por Trump nas tarifas ao bloco europeu.
2 Junho 2025, 16h16

O governo da Alemanha tem planos para taxar em 10% gigantes tecnológicas como a Meta, Alphabet e Apple. A decisão iria acompanhar a possibilidade de a União Europeia tomar uma decisão no mesmo sentido.

No contexto das tarifas comerciais impostas por Donald Trump, já no passado foi levantada a possibilidade de a UE dar força à guerra comercial ao impor uma tarifa às gigantes da tecnologia. A eventual decisão poderá avançar caso as negociações entre o bloco europeu e os EUA não cheguem a bom porto.

Recorde-se que Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, fez saber que a UE procura um acordo “totalmente equilibrado” com Washington, de acordo com declarações ao Financial Times. Isto na sequência de Trump decretar um adiamento de 90 dias no que diz respeito às tarifas sobre os 27 Estados-membros (período que termina a 9 de julho)

Caso o acordo não fique estabelecido até ao final da pausa anunciada por Donald Trump nas tarifas à UE, a resposta europeia pode estender-se ao setor dos serviços. Neste âmbito, gigantes empresariais como a Meta (dona do Instagram, Facebook e Whatsapp), Alphabet (dona da Google) e Apple podem ser alvo de tarifas aplicadas por Bruxelas.

A adensar as tensões comerciais, surgem relatos de que o governo alemão está a ponderar aplicar tarifas de 10% a duas gigantes norte-americanas daquele setor, como são a Meta e a Alphabet. Ora, de acordo com uma análise de Gene Munster, da Deepwater Asset Management, o impacto será particularmente expressivo se for observado um efeito de ‘contágio’.

Em declarações à CNBC, o próprio lembrou que ambas as empresas contam com cerca de 3% dos respetivos volumes de negócio no mercado alemão, o que significa que o efeito imediato seria limitado. Porém, caso outros países seguissem as pisadas, poderia existir um impacto muito mais expressivo.

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