[A pé e despreocupado, sigo a estrada aberta,
Saudável, livre, o mundo à minha frente,
O longo caminho castanho à minha frente, levando-me onde eu escolher].
Estes primeiros versos de Song of the Open Road, incluído na edição de 1856 de Leaves of Grass, a obra-prima de Walt Whitman, são quase um prenúncio do desenvolvimento do turismo americano. A ideia de mobilidade como forma de liberdade individual encontrou terreno fértil nos Estados Unidos e o impulso whitmaniano da partida transformou-se em prática. Inicialmente, com a expansão do caminho-de-ferro, que tornou estações termais, resorts rurais, montanhas e cidades costeiras acessíveis à classe média e que propiciou a criação dos primeiros parques nacionais. Mais tarde, graças ao automóvel, o turismo interno floresceu com os motéis, os drive-ins, os parques temáticos e a cultura do road trip, imortalizada por Jack Kerouac em On the Road (1957), onde afirmou “The road is life” [”A estrada é a minha vida].
Conteúdo reservado a assinantes. Veja o artigo completo aqui. Edição do Jornal Económico de 13 de junho.