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Insolvências dispararam 6% nos Açores no primeiro trimestre de 2025

Por outro lado e durante o mesmo período, foram criadas 218 novas empresas, o que representa uma redução de 5% em relação a igual período de 2024, revela análise da Iberinform.
insolvências empresas
13 Junho 2025, 17h22

Os Açores apresentam uma distribuição desigual das empresas pelos diversos municípios, com Ponta Delgada a concentrar 35% do total, seguida por Angra do Heroísmo (15%), Ribeira Grande (9%), Horta (7%), Praia da Vitória (6%) e Lagoa (5%). Os restantes 13 municípios somam 23% das empresas. Ponta Delgada destaca-se ainda por albergar o maior número de empresas distinguidas como PME Líder.

No primeiro trimestre de 2025, o arquipélago registou um aumento de 6% nos processos de insolvência em comparação com o ano anterior. Durante o mesmo período, foram criadas 218 novas empresas, o que representa uma redução de 5% em relação a 2024, de acordo com um estudo da Iberinform.

As pequenas empresas, embora representem apenas 15% do total, desempenham um papel crucial na economia regional, gerando cerca de 32% do volume de negócios. Por outro lado, as grandes empresas, apesar de serem praticamente residuais em número, concentram 35% da faturação total. Em contrapartida, as microempresas, que constituem 83% do total, contribuem com apenas 12% do volume de negócios, evidenciando que o impacto económico não está necessariamente associado à quantidade, mas sim à capacidade de gerar valor.

A estrutura setorial da economia açoriana é igualmente diversificada. Quase metade das empresas (48%) opera no setor dos serviços, mas este segmento apenas contribui com 12% do volume de negócios. Em contraste, o setor industrial, que representa apenas 5% das empresas, é responsável por 15% da faturação, indicando uma produtividade superior. Os setores classificados como “Outros”, que incluem atividades menos tradicionais, compreendem 32% das empresas e geram mais de metade (53%) do volume de negócios, destacando a relevância de áreas económicas emergentes.

A longevidade das empresas é um fator determinante no seu peso económico. As empresas com mais de 25 anos, embora representando apenas 16% do total, são responsáveis por impressionantes 61% do volume de negócios. Em contraste, as empresas com menos de cinco anos representam 30% do total, mas apenas 5% da faturação. As empresas com idades entre seis e vinte e cinco anos mostram uma distribuição mais equilibrada em número e volume de negócios, mas nenhuma faixa etária se aproxima do impacto das mais antigas.

Os dados mais recentes indicam uma variação positiva de quase 12% no volume de negócios no arquipélago. Quanto à gestão de fluxos de caixa, esta manteve-se estável, com um prazo médio de recebimentos de 56 dias e um prazo médio de pagamentos de 71 dias, revelando que as empresas açorianas demoram mais tempo a liquidar pagamentos a fornecedores. Esses dados refletem os desafios e as dinâmicas da economia regional, evidenciando áreas de potencial crescimento e necessidade de inovação.

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