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Mundial de Clubes. FC Porto e SL Benfica jogam para 108 milhões de euros

É o maior prize money de sempre para o vencedor de um torneio de futebol, onde os dois clubes portugueses já garantiram 15 milhões de euros somente pela participação.
16 Junho 2025, 07h00

Nunca uma prova da FIFA colocou tanto dinheiro em jogo como no Mundial de Clubes, competição que arrancou este sábado e vai decorrer até 13 de julho nos Estados Unidos e que conta com a participação de FC Porto e SL Benfica. A FIFA não poupou esforços financeiros para recompensar os clubes a jogar uma prova, após uma época desgastante e vai distribuir 920 milhões de euros em prémios. No caso de ‘dragões’ e ‘águias’ que ocupam a 10º e a 11º posição e que irão receber respetivamente 16,7 milhões de euros e 14,6 milhões de euros, podendo arrecadar no final 108 milhões de euros.

As verbas mais significativas estão guardadas para a fase competitiva. Se para as “águias” este valor é mais baixo do que aquele que recebeu por se apurar para a Liga dos Campeões (prova em que recebeu 71,4 milhões esta temporada), os “dragões” encaixam uma verba semelhante àquela que auferiram em toda a participação na Liga Europa esta época. Nas verbas distribuídas por jogo, o Mundial de Clubes deixa para trás competições de muitos milhões como a Liga dos Campeões e a Premier League.

Em média, este novo modelo vai render 14,7 milhões de euros sendo que os clubes europeus vão ser os mais beneficiados na distribuição de verbas de participação: podem receber até 35,5 milhões de euros, mais do que os emblemas de outras proveniências. No arranque da prova, a recompensa monetária é relativamente baixa (1,8 milhões por vitória, 6,5 milhões se chegar aos oitavos e 12,1 milhões a quem chegar aos quartos) mas quem chegar às meias garante 19,3 milhões, a final confere 27,6 milhões e o troféu atribui 36,8 milhões ao vencedor.

Os ‘dragões’, no grupo A com Palmeiras, Inter Miami e Al-Ahly entram em campo este domingo, 15 de junho, às 23h de Lisboa para medirem forças com o conjunto brasileiro orientado pelo português Abel Ferreira, enquanto as ‘águias’, inseridas no grupo C com Boca Juniors, Bayern Munique e Auckland City, jogam no dia seguinte à mesma hora frente ao emblema argentino.

Bilhetes e filmagens geram polémica

A fraca procura de bilhetes para o Mundial de Clubes tem gerado preocupação por parte da FIFA e uma das razões é precisamente o elevado valor dos bilhetes. Para o jogo de abertura os preços começam nos 48 euros, depois da FIFA ter decidido descer o valor dos 304 euros iniciais e jornal ‘The Athletic’ deu conta de uma parceria com a Universidade da Flórida para que os estudantes possam adquirir ingressos por 3,46 euros. Nas restantes partidas os valores variam entre os 11 e 161 euros dependendo da localização do encontro e procura.

A estratégia parece ter resultado, isto porque o jogo inaugural que decorreu no sábado entre o Al-Ahly e o Inter Miami de Leonel Messi (empate a zero), foi visto por 60.927 espetadores, quando há dias a lotação não chegava às 25 mil. “Se os preços são altos, criticam a FIFA. Se fazemos promoções para estudantes, criticam também. Se fosse estudante, com pouco dinheiro, adorava que a FIFA viesse dizer’ Queres vir ver um jogo do Mundial?’ Acredito que os estádios vão estar cheios”, afirmou o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

Outra das polémicas a envolver a fraca procura de bilhetes está relacionada com as transmissões televisivas, com a FIFA a querer juntar os adeptos nas bancadas que serão filmadas durante a maior parte do jogo, sendo que o resto do estádio estaria com poucos ou nenhuns adeptos.

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