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Mercados europeus são os mais castigados pelo Médio Oriente antes de juros da Fed

As bolsas viram-se castigadas pelo conflito entre Israel e Irão, sendo que as praças europeias sobressaem neste capítulo e Lisboa segue pelo mesmo caminho. Esta quarta-feira há juros da Fed e a decisão deve ir contra a vontade de Trump.
18 Junho 2025, 07h00

A bolsa de Lisboa a sessão de terça-feira no ‘vermelho’, numa sessão em que as bolsas europeias sobressaíram entre as mais castigadas pelas tensões entre Israel e Irão. Seguem-se os juros da Fed, que não deverá efetuar alterações, pelo que os sinais deixados por Powell sobre eventuais cortes até final do ano deverão ser o fundamental a retirar das conclusões.

No exterior, registaram-se descidas de 1,49% em Espanha, 1,33% em Itália, 1,10% na Alemanha, 0,76% em França e 0,47% no Reino Unido, ao mesmo tempo que o Euro Stoxx 50 derrapou 0,98%.

Em causa está um ambiente pessimista entre os investidores que não é exclusivo das praças europeias. Ora, os dados não mentem: a tendência foi mais notória no Velho Continente do que nas congéneres da Ásia-Pacífico e nas primeiras horas da sessão de Wall Street.

O índice PSI caiu 1,31% até aos 7.447 pontos. Destacam-se as perdas de 4,66% até aos 3,888 euros por ação na Mota-Engil e de 3,72% para 0,672 euros no BCP. A EDP Renováveis descapitalizou 2,05% e não foi além dos 9,58 euros, ao passo que a Sonae perdeu 2,02% e ficou-se pelos 1,162 euros.

Em simultâneo, a REN protagonizou a subida mais acentuada, na ordem de 0,83%, para os 3,035 euros por título.

No mercado de futuros, o Brent e o crude estavam a subir perto de 3% à hora de fecho das bolsas europeias, numa variação que também decorre de receios ligados ao conflito que opõe Israel e o Irão.

Juros da Fed marcam novo dia

Termina esta quarta-feira a reunião da Fed, da qual deverá sair a manutenção das taxas de juro de referência. A confirmar-se, a decisão vai, uma vez mais, contra a vontade demonstrada por Donald Trump, que já por várias vezes argumentou que uma redução dos juros não faria subir a inflação.

Jerome Powell, presidente daquele banco central, pode deixar sinais sobre eventuais cortes até ao final do ano. Será aqui que vão residir as principais atenções dos investidores.

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