A Universidade do Porto subiu 41 lugares no World University Ranking da Quacquarelli Symonds (QS), o principal ranking universitário mundial para 2026, sendo uma das duas instituições portuguesas que pela primeira vez entraram no “top” 250.
Em comunicado a Universidade diz que alcançou a 237ª posição com subidas nos principais itens científicos, estando apenas a sete lugares da Universidade de Lisboa, a qual subiu 30 lugares e se classificou no 230º lugar.
Pela primeira vez, duas universidades portuguesas entram no “TOP 250” do Ranking QS.
Para o ano de 2026, numa lista liderada pelo MIT, a Universidade do Porto mantém o 94º na “Rede Internacional de Investigação”, sobe para 185º nas “Citações por Docente/Investigador” e fica em 212º lugar na “Reputação Académica”.
A vice-reitora Ana Camanho destacou em comunicado o salto de 90 lugares na “Sustentabilidade” e de 164 na “Reputação entre Empregadores”.
Os indicadores que mais contribuíram para a subida da Universidade do Porto no Ranking QS são três. Por um lado a “Rede Internacional de Investigação”, na qual a universidade é classificada como a 94ª melhor do mundo; as “Citações por Docente/Investigador”, onde aparece em 185º lugar; e a “Reputação Académica”, no qual ficou em 212º lugar.
O Ranking QS para 2026 avaliou 1.501 universidades em 106 países, incluindo nove em Portugal, sendo liderado pelo norte-americano MIT, pelo Imperial College London e pela Universidade de Stanford, na Califórnia.
No conjunto dos indicadores, o Porto ficou este ano à frente de 84,2% das universidades analisadas.
“Subimos em quase todas as dimensões deste ranking – e subimos bastante: o único indicador em que não melhorámos foi na “Rede Internacional de Investigação”, no qual já estávamos classificados no ‘Top 100’ mundial”, afirma Ana Camanho, vice-reitora da Universidade do Porto para a Transformação Digital e Gestão da Informação. “São muito expressivos, por exemplo, o salto de 90 lugares que a Universidade do Porto deu no capítulo da ‘Sustentabilidade’, passando para o lugar 208º desse indicador, e na ‘Reputação entre Empregadores’, em que subiu 164 lugares e passou para a posição 328º”.
No capítulo da “Sustentabilidade”, Ana Camanho destaca “o esforço que a universidade tem feito, não só para ter práticas e investimentos amigos do ambiente, mas igualmente políticas ativas que promovem a igualdade de género, os apoios sociais e as formas de gestão transparentes, abertas e participadas, entre outras medidas”.
Também no indicador que mede as figuras ilustres que passaram pelas universidades, o “Employment Outcomes”, a Universidade do Porto melhorou a sua posição em 66 lugares. No entanto, o destaque que a Universidade de Lisboa mantém neste capítulo é muito expressivo, uma vez que ainda capitaliza o Prémio Nobel de Egas Moniz atribuído em 1949, ou o facto de António Guterres ser atualmente secretário-geral das Nações Unidas.
O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, chama por seu lado a atenção para os indicadores que puxam a instituição para baixo neste ranking QS como é o caso da “Proporção Alunos/Docentes”, na qual o Porto aparece num modesto 801º lugar.
“O subfinanciamento a que as universidades públicas portuguesas estão sujeitas há anos, nomeadamente no investimento em ciência, prejudicam, não só a Universidade do Porto, mas todas as instituições do país na comparação internacional”, afirma António de Sousa Pereira.
A “Internacionalização do Corpo Docente” é também uma matéria em que as universidades portuguesas não são competitivas.
“Há um problema nacional de reconhecimento dos graus académicos obtidos no exterior do espaço europeu, com formalismos que dificultam a entrada de estrangeiros nos quadros das universidades”, afirma António de Sousa Pereira.
“Mas a contratação de catedráticos no mercado internacional enfrenta outro tipo de dificuldades, como o facto de os salários pagos pelas universidades e pelos centros de investigação no nosso país não serem competitivos para atrair cientistas e investigadores com carreiras bem sucedidas”, diz.
Por outro lado, acrescenta o reitor, “Portugal tem custos de contexto elevados, como o preço da habitação nas cidades com ensino superior”.
No indicador “Estudantes Internacionais” a Universidade do Porto subiu 30 lugares, não tendo ainda sido pesado no ranking da QS para 2026 a “Diversidade” de origens que se verifica na instituição.
“A universidade tem alunos de mais de cem nacionalidade e faz o que pode para alargar a sua capacidade de atrair mais geografias”, afirma a vice-reitora Ana Camanho.
“A internacionalização tem todos os anos aumentado de ritmo, com subidas consistentes da proporção de estudantes estrangeiros em ciclos de estudo de doutoramento, de mestrado e de licenciatura”, acrescenta.
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