O país está em apuros.

Os últimos dez anos foram catastróficos para Portugal, naquilo que foi uma reversão de décadas do progresso até então alcançado e no que poderíamos ter feito. Não ficou pedra sobre pedra, desde a saúde, justiça, educação, habitação, imigração e investimento. Criou-se uma dependência do governo que, felizmente, caiu.

Não costumo escrever acerca do país, mas a última gota de água foi a notícia de que o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional o imposto adicional sobre a banca criado no tempo da pandemia, no governo da geringonça. Desta vez é um prejuízo de 180 milhões de euros que o Estado vai ter de devolver aos bancos, sem responsabilidades atribuídas a quem criou um imposto ilegal! Assim não há país que aguente.

Este imposto tem dois pais, António Costa e Mário Centeno, e não, não podemos pensar que tudo isto foi inocente. Para equilibrar as contas e mostrar brilharetes criam-se impostos, faz-se tudo sem ter noção da realidade ou legalidade! Depois, quem vem a seguir tem de limpar o lixo. É batota à descarada.

Mas não é só este problema financeiro que temos. Ficámos com o ‘menino nas mãos’ na questão da habitação e da imigração, também ele exponenciado pelo governo de António Costa, que não sabendo resolver o problema em Portugal, imagine-se, foi para a Europa!

Em 2023 criou-se uma cortina de fumo com os Golden Visa, aqueles malandros culpados pela subida de preços na habitação, muito embora apenas representassem 0,6% das vendas de casas. Serviu para escamotear o verdadeiro problema, as portas abertas que traziam todos os tipos de máfias, como agora se vê pelos restaurante ilegais e lojas fachada que apenas comercializam contratos de trabalho, e que sim precisam de habitação.

E não foi por falta de aviso à segurança interna e à pressão dos preços na habitação, e na economia em geral. Não é possível alguém pensar, nem o ministro das Finanças à época, que mais um milhão de pessoas não teria um efeito na procura agregada da economia. Tem e não é pouco, como vemos pela subida de preços até hoje.

A Europa precisa de melhores políticos, que queiram mudar e olhar para o futuro e não são estes. Temos de exigir mais de nós próprios e de quem governa a Europa, enquanto vamos a tempo de o fazer.