Luís Magalhães foi a personalidade que a Advisory Summit 2025 decidiu distinguir. Desempenhou funções de managing partner da Deloitte para Portugal e países de língua portuguesa de 1993 a 2019, tendo sido o único membro português do Conselho Global da Deloitte International, onde exerceu funções entre 2011 e 2014. Antes e depois disso, teve um papel relevante em diversas vertentes da sua atividade profissional, sempre reconhecida pelo setor em que trabalha e por aqueles com quem se cruzou.
Na entrega da distinção – momento que marcou o fim da Advisory Summit 2025 – Luís Magalhães disse que “receber um prémio de carreira ao cabo de 40 anos” serve para “parar, refletir e agradecer”, o que o levou a ‘partilhar’ o prémio com as diversas equipas com quem trabalhou ao longo de quatro décadas de intensa atividade. E, evidentemente, com a família.
Luís Magalhães passou por várias ‘barreiras’ centrais do desenvolvimento da economia, como a privatização da banca e dos seguros, o previsto mas nunca ocorrido ‘bug’ do ano 2000, a chegada do euro, entre tantos outros acontecimentos que a memória vai perdendo de vista, pois passaram a integrar o passado – o que só sucede se essa integração for bem-sucedida.
“Assumi responsabilidades que me permitiram conhecer pessoas excecionais”, disse Luís Magalhães, o que “é uma honra”, mas “uma carreira de 40 anos não se constrói sozinho.” É preciso, claro, sair da zona de conforto, recordou – como se quisesse, e com certeza queria, deixar um conselho. Nesse contexto, Luís Magalhães também ‘recordou’ o futuro: e o futuro é a Inteligência Artificial (IA). “A IA já faz parte do presente. A IA é uma força transformadora” com “imensos desafios, de inovação, éticos, tecnológicos e económicos”, entre outros. É preciso estar pronto para ela, temendo o que evidentemente poderá ser pernicioso, mas sabendo que “também traz oportunidades extraordinárias.” E Luís Magalhães referiu uma delas: “a previsão de comportamentos e riscos” é uma das suas ferramentas “mais impressionantes.”
O detentor do Lifetime Achievement Award para o ano em curso não quis deixar de fechar os agradecimentos, manifestando a convicção de que Portugal, sendo um alfobre “de talento e criatividade”, tem o seu próprio futuro assegurado. “Cabe-nos garantir a criação de um ecossistema de longo prazo”, mesmo sabendo que “vivemos tempos desafiantes.” Mas será esse ecossistema que irá alavancar “a grande esperança” que Luís Magalhães tem no futuro.
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