Fez ontem 34 anos que o Lotus 97T/Renault Turbo de Ayrton Senna saiu da pista do Autódromo do Estoril, para voltar ao asfalto inundado de água e cruzar a reta da meta pela primeira vez da sua vida. Deu uma volta de avanço aos restante nove pilotos que acabaram a corrida, excepto ao segundo classificado, que ficou a mais de um minuto do brasileiro nascido na cidade de São Paulo, em 1960.
No dia 21 de abril de 1985, na sua segunda época no pináculo do desporto motorizado, o jovem brasileiro, de então 25 anos, largava da primeira posição, depois de ter alcançado a sua primeira pole position. De manhã, antes do grande prémio, o Lotus do futuro tricampeão mundial de Fórmula 1 até ficou parado a meio da pista com a embraiagem partida nos treinos livres.
Antes dessa vitória no Estoril, passaram 21 anos de dedicação aos carros. Senna sentou-se num kart com apenas quatro anos de idade e, na década de 1970, emigrou para Inglaterra, para ser companheiro de equipa do experiente e campeão mundial da categoria, Terry Fullerton, sete anos mais velho do que Ayrton. Pouco depois, em 1983, Senna sagrou-se campeão da britânica Formula 3 e foi convidado para se juntar à ‘fraca’ Toleman em 1984, a equipa que foi comprada pela Benetton em 1985.
Ainda na Toleman – uma espécie de equipa de meio da tabela do campeonato nacional da primeira divisão de futebol – Ayrton Senna demonstrou toda a proeza em guiar à chuva no grande prémio do Mónaco de 1984. Era mais um dia de chuva torrencial e o rookie brasileiro ia em segundo lugar, roubando segundos a cada volta ao líder da corrida, um tal de Alain Prost, com quem Senna viria a ter a maior rivalidade da história do desporto (motorizado). A organização do grande prémio, liderada pelo antigo piloto Jackie Ickx, decidiu terminar a corrida na trigésima-segunda volta.
Depois dessa corrida, Senna sentiu-se injustiçado pelo fim antecipado da corrida porque sentia que poderia vencer Mónaco no ano de estreia da Formula 1, tal como fez entre 1987 e 1993, não ganhando a edição de 1988 porque se excedeu e embateu contra as míticas barreiras do grande prémio monegasco.
No segundo ano na prova rainha do automobilismo, Ayrton Senna muda-se para a Lotus, uma equipa com um legado pesado para o jovem piloto de formula 1. Graham Hill, Jim Clark, Mario Andretti, Emerson Fittipaldo ou Nigel Mansell foram campeões pela Lotus.
O icónico capacete amarelo esteve sempre na liderança durante as 67 voltas do grande prémio do Estoril, , estreando-se no lugar mais alto do pódio. Foi a primeira de muitas, o resto é história – 41 vitórias, 65 pole positions e 3 campeonatos do mundo conquistados ao serviço da McLaren.
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