André Ventura apela esta segunda-feira ao primeiro-ministro que não reconduza Mário Centeno no cargo de governador do Banco de Portugal (BdP). O apelo do líder do Chega, feito na rede social X, surge depois de Luís Montenegro ter deixado no ar a possibilidade de renovar o mandato ao atual governador, afirmando que Mário Centeno “reúne todos os requisitos” para voltar a ocupar o cargo.
Para André Ventura, o antigo ministro das Finanças não deve ser reconduzido. “Estamos fartos de boys socialistas a colonizar o aparelho de Estado e as instituições supostamente independentes. Apelo ao Primeiro-Ministro que não o reconduza, chega de tachos e de incompetência”, escreveu o líder do Chega no X.
O mandato de Mário Centeno no Banco de Portugal terminou no sábado, dia 29 de julho, e a decisão do Governo sobre o tema será revelada na quinta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros. Em declarações aos jornalistas no domingo, na Madeira, Luís Montenegro respondeu a uma questão da RTP sobre o tema da seguinte forma: “A decisão do Governo pode ser manter o atual governador ou substituí-lo – essa é a decisão que vamos anunciar na próxima quinta-feira”. Sobre se Mário Centeno poderia continuar, disse: “O dr. Mário Centeno reúne todos os requisitos para ser governador do Banco de Portugal. Isso não está em causa”.
Horas antes, no Chão da Lagoa, sublinhou que o perfil adequado para o cargo não se altera. “É sempre o mesmo. Terá de ser uma pessoa competente e que garanta tudo aquilo que são o cumprimento das funções de um banco central”.
Nas últimas semanas, vários nomes foram apontados para substituir Mário Centeno, que já era dado como o único governador não reconduzido no cargo em 25 anos. Entre os mais falados figuram os antigos ministros de Pedro Passos Coelho: Álvaro Santos Costa e Vítor Gaspar e o professor de Economia na London School of Economics, Ricardo Reis. Também o economista Ricardo Reis tem sido apontado para suceder a Centeno, mas o professor da London School of Economics poderá estar também fora das opções de Montenegro.
Álvaro Santos Pereira é outro dos três nomes mais fortes que foram apontados como possibilidades, nos últimos meses, tendo o antigo ministro da Economia, assegurado numa entrevista ao Expresso estar “muito feliz” como economista-chefe da OCDE, sinalizando que estaria fora da corrida.
Tal como noticiado pelo JE a 28 de junho, fontes do setor financeiro avançaram outros nomes como o de João Cabral dos Santos, quadro da Reserva Federal (Fed) de Nova Iorque, bem como o de Sérgio Rebelo, doutorado em Economia na Universidade de Rochester, consultor do Banco Mundial, da Comissão Europeia, do FMI, do BCE, do McKinsey Global Institute, do Global Markets Institute da Goldman Sachs, e de Luís Cabral, professor na Universidade de Nova Iorque.
Na lista de sugestões referidas pelo JE está ainda António Ramalho, que deixará de ter incompatibilidade a partir de 1 de agosto, após ter sido presidente executivo do Novobanco.
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