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Bankinter conclui primeiro semestre com resultados de 542 milhões e Portugal contribui com 104 milhões

O Bankinter Portugal alcança resultados antes de impostos de 104 milhões de euros, com um crescimento de 11% da carteira de crédito para 11.000 milhões de euros, um crescimento de 20% dos recursos de clientes para 10.000 milhões.
Bankinter
24 Julho 2025, 08h37

O Grupo Bankinter concluiu o primeiro semestre com resultados de 542 milhões de euros, a subirem 14,4%, impulsionados pela atividade comercial.

A sucursal em Portugal alcançou resultados antes de impostos de 104 milhões de euros ajudados por um crescimento de 11% da carteira de crédito para 11.000 milhões de euros, um crescimento de 20% dos recursos de clientes para 10.000 milhões de euros e um crescimento de 13% dos recursos geridos fora de balanço e ativos sob custódia, somando em conjunto outros 10.000 milhões de euros.

O grupo espanhol anuncia maiores quotas de mercados nas diferentes geografias em que o banco opera e um “crescimento das receitas que coloca os rácios de rentabilidade em níveis recorde, fortalecidos pela eficiência e pela qualidade de ativos”.

O grupo diz que o negócio fora de Espanha já representa 16% das receitas.

O banco liderado por Glória Ortiz revela que a rentabilidade situa-se em níveis históricos, com um ROE (rentabilidade sobre capitais próprios) em 18,4% face aos 17,7% de há um ano, e um ROTE de 19,5%, também numa posição de liderança no setor em Espanha.

O rácio de capital CET1 conclui o semestre nos 12,57%, superando largamente o mínimo regulatório de 7,94% exigido ao Bankinter, o que representa um excesso de capital de 2.037 milhões de euros.

No que à morosidade diz respeito, o rácio de crédito malparado (Non-Performing Loans) continua contido e é inclusivamente inferior em 3 pontos-base à de há um ano, situando-se em 2,14%, com um índice de cobertura de 70,3%, superior em 240 pontos-base ao de há 12 meses.

O custo do risco fixou-se em 0,32%. O banco de investimento Jefferies destaca a atualização da projeção do custo de risco para 2025. A administração prevê agora o CoR para o ano fiscal de 2025 em 35 pontos base (contra 35-40 pontos base anteriormente).

No Bankinter Portugal o rácio de NPL (Non Performing Loans) fixou-se em 1,3%.

O crescimento das receitas geradas pela estratégia comercial permitiu ao banco compensar a pressão que a evolução das taxas de juro exerceu sobre a margem de juros, que chegou atualmente a um ponto de inflexão.

Assim, ainda que a margem de juros do primeiro semestre (1.101 milhões de euros) registe uma queda de 5,1% em relação ao mesmo período de 2024, a margem de juros deste segundo trimestre já é superior à dos trimestres anteriores, devido sobretudo à redução do custo dos depósitos, o que representa uma alteração de tendência.

A receita da margem financeira ascendeu no segundo trimestre a 560 milhões de euros, mais 4% que no primeiro trimestre.

Quanto à margem bruta, que agrupa a totalidade das receitas, ascende a 1.494 milhões de euros, com uma subida de 6% em relação ao valor registado a 30 de junho de 2024.

As comissões subiram 12% para 337 milhões de euros.

“Este crescimento é uma consequência da boa evolução dos negócios de valor acrescentado, que proporcionam um maior retorno através de comissões. A maioria destas comissões cobradas, mais de metade, provém dos negócios de brokerage e gestão de ativos, 249 milhões de euros, que crescem 13% no período em análise, seguidas das comissões referentes ao negócio transacional, 192 milhões de euros, com uma subida de 2%”, revela o grupo.

“Tudo isto se reflete numas comissões líquidas, (diferença entre as comissões cobradas e as que o banco paga aos seus parceiros da Red de Agentes ou da Banca Partner), que somam um total de 380 milhões de euros, mais 11,2%”, acrescenta.

Quanto à margem de exploração, alcança os 958 milhões de euros, com um crescimento de 3%, absorvendo custos operativos de 536 milhões de euros no primeiro semestre, 11% superiores aos do mesmo período de 2024, “ainda que para isto tenha contribuído uma alteração na distribuição dos custos ao longo do ano para evitar a sua concentração na segunda parte do exercício, como ocorria anteriormente”.

Os custos aumentaram num ano 11% para 451 milhões de euros no primeiro semestre.

“Neste sentido, se considerarmos apenas os custos operativos do segundo trimestre somam 267 milhões de euros, crescem menos de 2% em relação à média trimestral de 2024”, revela o Bankinter em comunicado.

No entanto, o maior crescimento das receitas face às despesas permite ao banco apresentar um rácio de eficiência de 35,9%.

Quanto ao rácio de eficiência (cost-to-income) consolida-se num nível de 35,9%.

No balanço os ativos totais do Grupo alcançam no final do primeiro semestre de 2025 os 131.734 milhões de euros, mais 11,3% relativamente ao mesmo período de 2024.

A carteira de crédito a clientes soma um total de 83.282 milhões de euros, mais 5,8% do que há um ano.

O banco revelou que 37% da nova produção de banca de empresas já vem da área internacional onde operam. O crédito a empresa no grupo espanhol soma 33 mil milhões, a subir 6% face ao período homólogo.

Já os recursos controlados de clientes, que incluem recursos de clientes de retalho e recursos geridos fora de balanço, somam 147.902 milhões de euros, com um crescimento expressivo de 10,8%.

O crescimento dos recursos de clientes de retalho (constituídos fundamentalmente por depósitos a prazo e contas à ordem) é de 6,2% para os 85.784 milhões de euros.

Por sua vez, os recursos geridos fora de balanço (fundos de investimento próprios e de terceiros comercializados pelo banco, fundos de pensões, gestão patrimonial, SICAVs e investimento alternativo) crescem 17,7%, para 62.118 milhões de euros, mantendo a forte tendência de subida do exercício passado.

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