“Até ao momento, a greve provocou apenas perturbações mínimas em Lisboa, sem impacto nas restantes escalas. Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos parceiros para garantir a continuidade dos serviços e minimizar qualquer impacto nos passageiros”, refere em comunicado a SPdH Menzies (antiga Groundforce).
A greve abrange todos os aeroportos portugueses. O primeiro período de greve foi entre as 00h00 horas de sexta-feira dia 25 de julho e as 24 horas do dia 28 de julho, ou seja, entre uma sexta-feira e a segunda-feira seguinte.
A estrutura é replicada pelos quatro períodos de agosto, com o segundo período de greve a ocorrer entre as 00h00 de 8 de agosto e as 24h00 de dia 11 de agosto. Nesse mês, estão ainda previstas greves, nos mesmos moldes, para a totalidade dos dias entre 15 e 18 de agosto e de 29 de agosto a 1 de setembro.
Em comunicado a Menzies Portugal diz que “embora respeitemos totalmente o direito à greve, consideramos que esta ação decorre de uma representação distorcida das práticas e condições reais da empresa” e garante que “continua a cumprir integralmente os compromissos assumidos, bem como o Acordo de Empresa assinado há apenas um ano — acordo esse que a organização sindical envolvida optou, lamentavelmente, por não respeitar”.
“Manifestamos também preocupação com a insuficiência dos serviços mínimos fixados pelo Conselho Económico e Social (CES), que comprometem a mobilidade durante um período crítico para o turismo e para o regresso dos emigrantes — ambos essenciais para a economia e para a reputação do país”, sublinha a antiga a empresa de handling.
O Tribunal Arbitral determinou serviços mínimos para a assistência a todos os voos relacionados com situações críticas de segurança, voos de emergência, militares, de Estado e voos da TAP em ‘night-stop’ em escala europeia, bem como ligações regulares entre Lisboa e os Açores e Madeira, e entre o Porto e os arquipélagos.
“Apoiamos, por isso, a iniciativa de reforçar os serviços mínimos, de forma a assegurar a continuidade dos serviços públicos vitais”, acrescenta.
“Face às recentes declarações públicas que incluem ataques pessoais e afirmações difamatórias, não retomaremos qualquer tipo de diálogo enquanto a greve se mantiver. Ainda assim, reiteramos o nosso compromisso com a legalidade, condições de trabalho justas e um diálogo aberto e respeitador, continuando a prestar serviços de elevada qualidade e a garantir uma experiência positiva para todos os passageiros”, conclui a Menzies sobre a guerra instalada entre sindicatos e administração da empresa.
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) convocou uma greve na empresa de handling SPdH Menzies (antiga Groundforce) e o ST – Sindicato dos Transportes juntou-se à reivindicação.
A greve abrange todos os aeroportos portugueses. O primeiro período de greve será entre as 00h00 horas já desta sexta-feira dia 25 de julho e as 24 horas do dia 28 de julho, ou seja, entre uma sexta-feira e a segunda-feira seguinte.
A estrutura é replicada pelos quatro períodos de agosto, com o segundo período de greve a ocorrer entre as 00h00 de 8 de agosto e as 24h00 de dia 11 de agosto. Nesse mês, estão ainda previstas greves, nos mesmos moldes, para a totalidade dos dias entre 15 e 18 de agosto e de 29 de agosto a 1 de setembro.
A greve deste sábado dos trabalhadores da SPdH/Menzies (antiga Groundforce) provocou até agora “alguns atrasos” e o cancelamento de mais de 20 voos no aeroporto de Lisboa, avançou à agência Lusa a ANA – Aeroportos de Portugal.
“Devido à greve na Menzies (handling), até ao momento, ocorreram alguns atrasos e 20 voos cancelados (10 chegadas e 10 partidas) no Aeroporto Humberto Delgado”, referiu fonte da gestora aeroportuária. Sendo que Carlos Araújo, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), fala em 26 voos cancelados.
A ANA já veio aconselhar os passageiros com voos operados pela Menzies, empresa responsável pelos serviços de assistência em escala, a contactar previamente a respetiva companhia aérea para confirmar o estado do voo antes de se dirigirem ao aeroporto.
O dirigente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins disse à Lusa que o protesto mobilizou funcionários do aeroporto do Porto “pela primeira vez em pelo menos 10 anos”. Carlos Araújo destacou que “na escala do Porto, há 10 anos que não havia greves e há pessoas a fazer greve”.
Para “um pequeno sindicato que tem 4%” dos aproximadamente 3.600 trabalhadores da Menzies, o balanço é que a greve está a ser, “a todos os níveis, um sucesso”, sublinhou.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o fim de salários-base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, melhores condições salariais e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento nos mesmos moldes anteriores.
Segundo a TSF, Carlos Araújo faz um apelo ao Governo português e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: “Nós estamos a tentar, de todas as formas possíveis, não ter de entrar num processo em tribunal. Agora, esta [a greve] é a última tentativa que fazemos de nos podermos sentar à mesma mesa com a administração desta empresa para resolver este problema.”
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