O contexto económico global forma um cocktail que está a levar as negociações dos futuros de ouro para um patamar que nunca haviam alcançado.
Os dados macro abaixo do esperado nos EUA levam a crer que a Fed vai cortar os juros em breve, ao mesmo tempo que as tarifas anunciadas na quarta-feira por Donald Trump ameaçam uma série de empresas. Assim sendo, os futuros daquele minério alcançaram um máximo histórico na manhã desta quinta-feira.
As tarifas impostas pela administração dos EUA têm deixado fortes marcas nos mercados ao longo dos últimos meses, na medida em que avanços e recuos têm mexido com o sentimento vivido pelos investidores.
Os casos mais recentes foram os anúncios de uma tarifa de 100% sobre chips semicondutores importados, assim como uma tarifa adicional de 25% sobre importações que chegam da Índia aos EUA. A estes fatores, junta-se a ideia de que a economia daquele país está a arrefecer, pelo que parece cada vez mais provável a eventualidade de a Fed aliviar a política monetária.
Os dados macro divulgados durante esta semana, no que diz respeito ao ISM dos Serviços, ficaram aquém das expetativas. A procura caiu e os custos aumentaram (ambas as variações contrariam as expetativas que existiam), levando a crer numa estagnação do setor terciário e uma desaceleração da economia dos EUA.
Assim sendo, crescem os receios e, como é habitual nestes momentos, os investidores migram para investimentos em ouro, visto que aquele minério é visto como uma reserva de valor, em que a procura aumenta em períodos de dificuldades económicas e, sobretudo, quando se registam recessões a este nível.
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