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Banco de Inglaterra mantém taxas de juro de referência inalteradas

Instituição liderada por Mark Carney volta a realçar que as perspectivas económicas britânicas “continuarão a depender significativamente da natureza e do calendário de saída da União Europeia”.
Frank Augstein/Reuters
2 Maio 2019, 12h16

O Banco de Inglaterra manteve esta quinta-feira as taxas de juro de referência inalteradas nos 0,75%. A decisão do Comité de Política Monetária (CPM) já era esperada e foi unânime.

“O Comité votou unanimemente para manter o nível de stock de títulos corporativos não financeiros com grau de investimento, financiado pela emissão de reservas do banco central, no valor de 10 mil milhões de libras”, explicou o banco central britânico em comunicado após a reunião.

A instituição liderada por Mark Carney estima que o PIB britânico tenha crescido 0,5% no primeiro trimestre deste ano, refletindo um contributo maior do que o esperado das empresas do Reino Unido e dos níveis de construção da União Europeia. No entanto, sublinha que esse aumento deverá ser temporário e “o crescimento trimestral deverá desacelerar para cerca de 0,2% no segundo trimestre”.

O Banco de Inglaterra refere que “o ritmo subjacente do crescimento do PIB parece ser ligeiramente mais forte do que o previsto anteriormente, mas marginalmente abaixo do potencial. Esse ritmo moderado reflete o impacto do desacelerar do crescimento global e das incertezas contínuas do Brexit. Este último tem um impacto particularmente pronunciado no investimento empresarial, que cai há um ano.

O banco central britânico refere ainda que as perspectivas económicas “continuarão a depender significativamente da natureza e do calendário de saída da União Europeia”. Neste sentido, destaca os novos acordos comerciais entre a UE e o Reino Unido, o tipo de acordo fechado e a forma como as famílias, empresas e mercados financeiros reagem.

“A trajetória apropriada da política monetária dependerá do equilíbrio desses efeitos sobre a procura, oferta e taxa de câmbio. A resposta da política monetária ao Brexit, seja qual for a sua forma, não será automática e poderá ser em qualquer direção. O Comité irá sempre atuar para atingir a meta de inflação de 2%”, acrescenta.

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