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“Preferem uns trabalhadores em detrimento de outros”. Sindicato dos Enfermeiros acusa PSD e CDS

“É neste contexto que os enfermeiros condenam a atitude do PSD e CDS que demonstraram de forma inequívoca que preferem uns trabalhadores em detrimento de outros, em concreto dos enfermeiros”, lê-se no comunicado avançado pelo Sindicato de Enfermeiros.
Cristina Bernardo
3 Maio 2019, 15h49

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusou o PSD e o CDS de mostrar, de forma inequívoca, preferência pelos professores em detrimento de outros profissionais, como os enfermeiros.

Num comunicado divulgado hoje, o sindicato recorda que o BE apresentou uma iniciativa para contar tempo de serviço a 15 mil enfermeiros, proposta na qual PSD, CDS e PCP se abstiveram, enquanto o PS votou contra.

Em causa estão cerca de 15 mil enfermeiros reposicionados nos 1.201 euros, em início de carreira, em 2011, 2012, 2013 e 2015 aos quais o Governo não quer contabilizar o tempo de serviço antes daquelas datas, levando nalguns casos os profissionais a perder até 13 anos de trabalho.

É neste contexto que os enfermeiros condenam a atitude do PSD e CDS que demonstraram de forma inequívoca que preferem uns trabalhadores em detrimento de outros, em concreto dos enfermeiros.

Esta manifestação de desagrado chega depois do parlamento ter aprovado, esta quinta-feira, uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço dos professores a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes.

Face à polémica desencadeada, o primeiro-ministro reúne-se esta sexta-feira à tarde com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da crise causada com a aprovação pelo parlamento da contabilização total do tempo de serviço dos professores. Logo a seguir, António Costa vai falar ao país.

O núcleo duro do Governo esteve reunido esta manhã em São Bento para debater a crise política que se instalou depois da aprovação do descongelamento integral do tempo de serviço dos professores na quinta-feira. A medida foi aprovada com os votos a favor de PSD, CDS, Bloco de Esquerda e PCP.

A medida vai ter um impacto nas contas públicas superior a 600 milhões de euros a partir de 2020, segundo as contas do Governo.

 

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