Portugal obteve nova subida do rating da dívida pública, no dia 12, e isso é uma boa notícia que merece reflexão sobre resultados, consistência e estratégia. A agência de notação financeira Fitch melhorou a notação da República de “A-” para “A” e prevê que haja estabilidade nessa medição do risco-país.
A outra boa notícia é que esta é a segunda revisão em alta em apenas duas semanas, depois de a Standard & Poor’s ter subido, no final de agosto, o rating de “A” para “A+”. As agências internacionais de rating preveem: redução sustentada da dívida pública, equilíbrio orçamental e crescimento robusto da economia portuguesa.
A Fitch refere que Portugal apresenta um desempenho orçamental superior a outros países da União Europeia e admite um excedente para este ano, como acredita o governo, enquanto a média dos países com rating “A” apresenta défices de 2,9%. Além do défice público, as agências admitem uma diminuição do endividamento externo e um crescimento acima da média da Zona Euro, em 2026 e 2027.
Assim, estamos perante um claro reforço da confiança internacional, o que determina a perceção do país pelos investidores externos e isso tem reflexos nos custos do financia mento de Portugal.
Portanto, se os investidores externos acreditam na sustentabilidade das finanças públicas e da economia portuguesa, o resultado é que o Estado e as empresas poderão pagar juros mais baratos quando contraem empréstimos.
O Executivo considera que esta melhoria do rating é o “reconhecimento do trabalho conjunto de famílias, empresas e instituições e agradece o contributo dos técnicos e dirigentes do IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública”.