Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia, anunciou esta sexta-feira, discursava na Entrega dos Prémios Inovação Águas de Portugal (AdP), quando anunciou que estão “numa fase adiantada” os preparativos para o lançamento de uma nova empresa, no âmbito do grupo AdP, intitulada AdP Áqua, “a qual que terá como principal missão a gestão e execução de diferentes projetos contemplados na estratégia Água que Une”.
A AdP Áqua resulta da transformação de uma empresa já existente no grupo AdP, e terá como propósito “acelerar a realização de uma componente significativa das medidas da estratégia no domínio ambiental, focando-se nos empreendimentos hidráulicos previstos na estratégia”, explicou a Ministra.
Maria da Graça Carvalho anunciou ainda que “está em fase final de preparação o quadro legal normativo para este novo instrumento empresarial, o qual será em breve aprovado pelo governo”.
A Ministra do Ambiente afirmou o objetivo de “executar a Estratégia Água que Une, cumprindo prazos e objetivos, porque sabemos que este é o único caminho para garantir a sustentabilidade futura deste recurso, sem deixar ninguém nem nenhum setor para trás”.
“Sabemos que é no grupo Águas de Portugal que se encontra o conhecimento e a capacidade de concretização de que precisamos”, sublinhou.
A Estratégia Nacional “Água que Une” é uma das agendas transformadoras do XXV Governo Constitucional
Um dos nove programas estruturantes da “Água que Une” é o Programa de Ação para a Digitalização do Ciclo da Água.
“Este programa, o Plano de Ação para a Redução das Perdas de Água e o Programa Água Mais Circular constituem os pilares fundamentais da estratégia Água que Une”, afirmou a Ministra num evento que teve como anfitriões o Presidente da Águas de Portugal, Carmona Rodrigues, e o presidente da AdP Valor, João Pedro Rodrigues,
“Modernizar a gestão da água é uma prioridade, num contexto em que existe um grande manancial de dados que é necessário transformar em informação, de uma forma rápida e credível, para que se possa gerir o aumento da procura de água pelos diversos setores, aliado às grandes ineficiências existentes, bem como à perspetiva da redução de disponibilidades hídricas por via das alterações climáticas”, defendeu Maria da Graça Carvalho.
Esta iniciativa, chamada “Água Digital”, tem como finalidade “reforçar as tecnologias e metodologias que permitem medir e conhecer, em tempo real, as disponibilidades hídricas e o estado das massas de água superficiais e subterrâneas, permitindo uma gestão mais racional, eficiente e inteligente, em função das necessidades atuais e futuras”, acrescentou.
O Ministra explicou que esta estratégia “Água Digital” terá três grandes objetivos. O primeiro é modernizar a gestão dos recursos hídricos assegurando maiores níveis de eficiência; o segundo é promover a inovação e a transição tecnológica no setor da água, desenvolvendo novas soluções; e o terceiro é reforçar a governação, a regulação e a participação dos cidadãos na gestão da água.
Na entrega dos prémios do concurso de inovação promovido pela AdP, que já vai no seu terceiro ano e conta com um total de 13 projetos apoiados, elogiou os vencedores da edição 2024/2025.
Os vencedores foram o projeto AquaVise, da Simdouro e da Águas do Tejo Atlântico, na área da Resiliência e Eficiência das Operações, que consiste num sistema de apoio à Decisão das Investimentos em Infraestruturas; a Plataforma Programa Neutro, da Águas do Norte e da AdP Energias, na área da Neutralidade Energética e Carbónica, que pretende gerir as emissões de gases com efeitos de estufa com origem no grupo AdP, de forma que estas se situem, em 2030, no máximo em metade dos valores registados em 2010; e o projeto BIOPOLIWater, da Águas do Algarve e da Águas do Tejo Atlântico, no domínio da Economia Circular, para a recuperação e valorização de polímeros provenientes do tratamento de águas residuais.
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