A Associação têxtil e do Vestuário de Portugal (ATP), há cerca de um mês liderada por Ricardo Silva, CEO da Tintex – que substituiu Mário Jorge Machado, da Adalberto Textile Soluctions – quer ver no Orçamento do Estado sinais de que a internacionalização é uma prioridade nacional e que a fiscalidade está alinhada com os interesses de quem cria riqueza: as empresas.
Ricardo Silva disse ao JE que “é importante que seja introduzida uma descida do IRC” e que o Governo indique que está interessado” em reformar tributação sobre o trabalho, nomeadamente “porque há um excedente na Segurança Social”. Ou seja: é o momento certo para uma revisão em baixa do IRC mas também “da TSU”.
E depois – como quer também a fileira dos vinhos – Ricardo Silva considera ser essencial que “haja uma preocupação pela promoção de Portugal lá fora”. É, disse, uma forma de mitigar os efeitos necessariamente negativos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas também uma estratégia que torne eficaz e permanente a promoção de Portugal no exterior, chame-se-lhe o ‘made in Portugal’ ou outra coisa qualquer”.
“A promoção da imagem de Portugal deve ser independente dos setores” e, nesse quadro, patrocinada de forma permanente e não apenas pontual pelo Governo – ou mais propriamente pelo Estado. “Já existe alguma produção da internacionalização e das exportações, mas é preciso que essa promoção seja permanente, que seja continuada no tempo”, disse. E chama a atenção para o facto de a AICEP – mesmo dando preciosa ajuda às empresas – não é o veículo certo para concentrar essa promoção genérica: “a agência tem uma função mais específica, mais virada para as necessidades de cada empresa” e por isso não é ali que deve estar alocada esta promoção mais ampla.
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