Portugal deverá estar entre os sete países que não vão eleger deputados de partidos populistas, eurocéticos e de extrema-direita para o Parlamento Europeu, sendo um dos raros Estados-membros da União_Europeia em que os representantes do Partido Popular Europeu (PPE), que continuará a contar com PSD e CDS-PP, contêm a vaga que irá alterar o equilíbrio de forças em Estrasburgo.
Entre os países da Europa Ocidental, Portugal só terá a companhia da Irlanda enquanto “aldeia gaulesa” rodeada de delegações cada vez maiores à direita do PPE. Nomeadamente em França, onde o Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen disputa a vitória com os centristas do República em_Movimento fundado pelo presidente Emmanuel Macron, e na Itália, à beira da meia centena de eurodeputados da Liga (Aliança Europeia de Pessoas e Nações), do Movimento Cinco Estrelas (Europa da Liberdade e da Democracia Direta) e do Irmãos de Itália (Conservadores e Reformistas_Europeus).
Mas também no Reino Unido, cujos eleitos estarão a prazo, até à formalização da saída da União Europeia, comandados pelo recém-criado Partido do Brexit, que concentra um contingente de até 35 eurocéticos e populistas. Os restantes cinco países imunes à vaga populista não são necessariamente imunes à degradação do “arco da governação” europeísta em Estrasburgo.
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