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Wall Street fecha no ‘vermelho’ após Fed pedir paciência sobre os juros

As atas da última reunião do Comité Federal de Mercado Aberto da Fed consideram a debilidade na inflação como “transitória”. Mas, entre os três principais índices de Wall Street, reinou o pessimismo.
Reuters
22 Maio 2019, 21h24

A bolsa de Nova Iorque encerrou a sessão desta quarta-feira (22 de maio) em terreno negativo, duas horas depois da divulgação das minutas da Reserva Federal. Apesar de o sistema de bancos centrais norte-americano considerar a debilidade na inflação como “transitória”, admitiu que iria ser “paciente” perante novas alterações nas taxas de juros.

Entre os três principais índices de Wall Street reinou o pessimismo. O industrial Dow Jones perdeu 0,39%, para os 25.776,61 pontos, e acompanhando estes números em baixa, o alargado S&P 500 recuou 0,29%, para os 2.856,08 pontos. Quanto ao tecnológico Nasdaq, desce 0,45%, para os 7.750,84 pontos. Também o Russell 2000 desvaloriza (-0,83%), para os 1.531,54 pontos.

Os analistas do Bankinter, em research de mercado prévio à apresentação das minutas, destacaram que o PIB americano cresce a um ritmo de +3,2%, que o indicador de preços favorito da Fed (PCE) continua abaixo de +2% e que “as condições de financiamento são atrativas (T-Note 2,42%, próximo dos mínimos do ano), pelo que o contexto é favorável”.

Além disso, há sinais de novo ímpeto na guerra comercial entre os Estados Unidos da América e a China. “O presidente Donald Trump já nos habituou a métodos de negociação pouco consensuais e volta a «dar uma no cravo e outra na ferradura». Suspendeu as sanções à Huawei mas diz que vai aumentar a lista negra com mais cinco empresas chinesas de videovigilância, alarmando novamente os mercados, que reagem efusivamente a qualquer comentário do presidente”, refere Carla Maia Santos, responsável de vendas da XTB, na análise diária aos mercados financeiros.

As atas da última reunião do Comité Federal de Mercado Aberto da Fed consideram a debilidade na inflação como “transitória”. De acordo com as conclusões retiradas deste encontro, que se realizou entre os dias 30 de abril e 1 de maio, os principais responsáveis pelo grupo que define a política monetária dos Estados Unidos determinaram que manter a paciência “é a postura adequada” neste momento.

“Os membros analisaram que será apropriado por mais algum tempo um enfoque paciente para determinar os ajustes futuros no objetivo da taxa de fundos federais, especialmente num contexto de crescimento económico moderado e pressões inflacionárias moderadas, mesmo que as condições económicas e financeiras mundiais continuem a melhor”, pode ler-se no resumo dos temas tratados nesta reunião.

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